O prazo para a regularização terminou sem que 66.837 eleitores do Pará comparecessem junto à Justiça Eleitoral. As cidades de Ananindeua (4.263), Marabá (3.412), Parauapebas (2.813), Santarém (2.785) e Itaituba (2.584) são as que registraram o maior número de pessoas que devem perder o título.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, quem ficar sem o título também terá o CPF irregular e, por isso, sofre várias sanções. “Sofre prejuízos na vida pública, desde abrir uma conta, tomar um empréstimo ou fazer um concurso público. De fato é um prejuízo muito grande. Mas ainda é possível reverter”, orienta Felipe Brito, secretário de Tecnologia da Informação do TRE-PA.
Não é este o caso da dona de casa Soraia Galúcio que já garantiu a regularização do título. “É importante, né? É um direito! Demoramos muito para conseguir esse direito. Independente da política ou dos políticos devemos exercer nossa cidadania”, assegura.
Para o cientista político Márcio Pontes, o descontentamento com a política é um dos motivos da desatenção dos eleitores com esse importante documento. O fato dele “ter de se deslocar e ter trabalho para fazer a regularização, somado ao cenário de descrença em parte da classe política, acaba gerando um descontentamento e o eleitor na desesperança deixa de se regularizar”.
Quem estiver com problemas com o título de eleitor deve ir a um cartório eleitoral e preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (ERA), apresentando para isso um documento de identificação com foto e um comprovante de residência atualizado.
Cadastramento Biométrico
Em Altamira, no sudoeste do Pará, o maior desafio ainda é concluir o cadastramento biométrico dos eleitores. Mais de 14 mil pessoas ainda não compareceram para realizar o serviço e o prazo para isso acaba no dia 31 de maio.
Fonte: G1 Pará