De 2020 até março deste ano, foram registrados 2.901 incêndios em residências em todo o Pará. O maior número de ocorrências, até agora, foi no ano passado: 937. Em 2023, já são 187 registros. Os dados são do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
Na capital, entre 1º de janeiro e 20 de março de 2023, a Defesa Civil de Belém atuou em 19 incêndios, todos ocorridos em imóveis residenciais. Os sinistros foram registrados nos bairros do Guamá (13), Pedreira (3), Terra Firme (2) e Mangueirão (1), informou a presidente da Defesa Civil de Belém, Christiane Ferreira.
A atual gestão da Comissão de Defesa Civil da Prefeitura de Belém iniciou sua atuação em janeiro de 2021. De lá até o dia 20 de março de 2023, foram realizadas 172 vistorias técnicas em decorrência de incêndio em imóveis. Destes, 164 eram residências.
Ainda segundo a Comissão de Defesa Civil da Prefeitura de Belém, não é possível verificar a quantidade de incêndios registrados em anos anteriores, uma vez que o sistema de gerenciamento de dados foi implantado pela atual gestão e não houve repasse de informações da antiga.
Em 2021, foram registrados 75 incêndios, sendo 71 em residências. A maior parte deles ocorreu nos bairros do distrito de Icoaraci (18), Telégrafo (9) e Guamá (9). No ano seguinte, o número de ocorrências da mesma natureza passou para 78, sendo 74 em residências. A maior parte delas nos bairros Telégrafo (11) e Tapanã (10) e no distrito de Icoaraci (8).
Christiane Ferreira explicou que a análise dos imóveis gera um relatório técnico, produzido pelo engenheiro civil da Comissão, que é entregue aos proprietários dos bens. O documento é um dos requisitos para a inscrição das famílias afetadas nos programas de assistência social mantidos pela Prefeitura de Belém e pelo Governo do Pará. Não cabe à Defesa Civil Municipal a realização de perícia para apontar a causa do incêndio.
Ligações clandestinas geram prejuízos à sociedade
Ligações clandestinas também podem ocasionar incêndios. A Equatorial Pará informou que ligações clandestinas de energia elétrica, além de serem crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, podem gerar diversos prejuízos à sociedade como interrupção no fornecimento e oscilações no nível de tensão, além de causar acidentes graves e com mortes, como curtos-circuitos e morte por eletrocussão.
A Equatorial Pará informou que tem um plano de combate às perdas energéticas e para isso mobiliza equipes exclusivas para este tipo de ação, que fazem fiscalização em todo o estado. Além disso, o trabalho também é realizado com base em denúncias da população, que podem ser feitas por meio dos canais de atendimento, como aplicativo, site e Central de Atendimento por meio do número 0800 091 0196.
Saiba como conseguir a tarifa social
Muitos problemas ocorrem por ligações clandestinas, o famoso “gato”, e provavelmente porque muita gente desconhece a existência de tarifa social. O programa Tarifa Social, benefício do Governo Federal direcionado às famílias de baixa renda, concede descontos que variam de 10% a 65% na fatura de energia. Com essa ação, as famílias economizam recursos financeiros e podem investi-los de outra forma.
Para fazer a inscrição é necessário ter comprovação de renda de até meio salário mínimo por membro familiar e estar inscrito no CadÚnico, com o número atualizado do NIS ou BPC, além de apresentar documentos pessoais como RG, CPF e uma conta de energia do titular.
Para se cadastrar, nossos clientes residenciais podem informar sua conta contrato no CRAS mais próximo e este cadastro será efetivado de forma automática ou ainda deve utilizar os canais que a empresa disponibiliza para o serviço: por meio do atendimento via WhatsApp, no número (91) 3217-8200; por meio do site, o www.equatorialenergia.com.br; ou por meio da central telefônica, no 0800 091 0196 ou, também pode procurar uma das agências de atendimento presencial.
Requisitos
– Ser inscrito no CadÚnico, com renda familiar de até meio salário mínimo, por pessoa;
– Ser idoso ou deficiente que recebe o Benefício da Prestação Continuada (BPC) com renda mensal por pessoa, inferior a um quarto do salário mínimo;
– O beneficiário do NIS precisa estar com o cadastro atualizado nos últimos dois anos;
– Famílias inscritas no CadÚnico que tenha portador de doença que necessite de aparelhos ligados à energia elétrica de forma continuada, com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos;
– Famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único com renda menor ou igual a meio salário mínimo, por pessoa da família ou que possuam, entre seus moradores, algum beneficiário do BPC.
Incêndios em todo o Pará:
2020: 915
2021: 862
2022: 937
2023: 187
Incêndios apenas em Belém:
Entre 1º de janeiro e 20 de março de 2023, a Defesa Civil de Belém atuou em 19 incêndios, todos ocorridos em imóveis residenciais. Os sinistros foram registrados nos bairros do Guamá (13), Pedreira (3), Terra Firme (2) e Mangueirão (1),
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e Defesa Civil de Belém
Fonte: O Liberal