De 21 a 25 de maio, mais de 50 famílias de assentados da reforma agrária devem participar da I Semana de Piscicultura de Gurupá, no Marajó. O evento é promovido pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e Prefeitura.
Por meio de palestras, visitas técnicas, cursos, oficinas e oferta intensiva de serviços, o objetivo é atualizar em relação a novas tecnologias, debater soluções para os gargalos da cadeia produtiva e integrar as diretrizes de aplicação de políticas públicas. Alguns dos desafios são regularização fundiária, acesso a crédito rural para investimento e falta de visibilidade para o mercado.
Atualmente, a Emater atende de forma direta pelo menos 15 piscicultores do assentamento federal Ilha Grande de Gurupá, às margens do rio Moju. A atividade vem se destacando como alternativa de renda e de aproveitamento de área nos lotes de tradição de extrativismo de açaí e pecuária mista. O costume é de tanques-escavados e tanques-rede sobre várzea, na criação de espécies tais quais tambaqui e pirarucu.
A Associação dos Piscicultores de Gurupá (Criapará) estima um aumento de 50% na produção este ano, comparativamente a 2022, pela implantação de novos criadouros: de 300 toneladas para 450 toneladas. O peixe é comercializado na região e no estado vizinho do Amapá, com um lucro de até 50%.