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Mandante da morte da missionária Dorothy Stang no PA volta para a prisão depois de tratamento em hospital

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Regivaldo Pereira Galvão, condenado como mandante da morte da missionária Dorothy Stang, recebeu alta na tarde desta segunda-feira (1º) e retornará para a unidade prisional. O interno, que está custodiado no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT), foi transferido para um hospital particular do município no dia 12 de junho devido uma ferida infeccionada na região tíbia. A transferência foi necessário porque o interno apresentou febre e avanços no quadro de infecção.

Segundo Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), Regivaldo está sem antibióticos há 48 horas e o ferimento está sem sinal inflamatório e em fase de cicatrização. Após a alta hospitalar para cuidados com curativo simples sem medicação paliativo, a unidade foi orientada sobre o curativo diário com colagenase.

O crime na Justiça

O fazendeiro Regivaldo Galvão foi preso no dia 16 de abril de 2019.Ele foi condenado a 30 anos de reclusão em 30 de abril de 2010, como mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang. No dia 22/08/2012, por meio de um habeas corpus concedido pela desembargadora Eliana Rita Daher Abufaiad, da Câmara Criminal Isolada da Capital, Regivaldo havia sido solto para responder o processo em liberdade.

Em 21/06/2017, o habeas corpus que o mantinha solto foi negado pelo Supremo Tribunal Federal que revogou o seu direito de aguardar a tramitação do recurso em liberdade. A condenação foi mantida em segunda instância, e a pena chegou a ser reduzida para 25 anos pelo Superior Tribunal de Justiça, que autorizou a prisão em 2017.

O acusado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ganhou uma liminar para ficar em liberdade, em maio de 2018. Uma decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão do fazendeiro, derrubando a liminar no último mês de fevereiro.

O assassinato da missionária

A missionária americana da ordem de Notre Dame Dorothy Mae Stang foi morta aos 73 anos em Anapu, sudoeste do Pará, em 12 de fevereiro de 2005. Ela trabalhava junto a comunidades no município em projetos de desenvolvimento sustentável, o chamado PDS Esperança.

Segundo o Ministério Público, a morte da missionária foi encomendada pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos e Regivaldo Galvão. Amair Feijoli da Cunha, que teria recebido dinheiro de Viltamiro para executar a missionária, foi condenado a 18 anos de prisão como intermediário do crime.

Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso de Dorothy Stang, deixou o regime fechado para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar em julho de 2013. Clodoaldo Carlos Batista, acusado de ser comparsa de Rayfran, foi condenado a 17 anos de prisão e deixou a Casa do Albergado, localizada em Belém, em fevereiro de 2011. Ele permanece foragido.

O crime ganhou repercussão internacional, chamando a atenção de entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária.

G1 Pará

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