Brasília (08/12/2023) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em conjunto com a Polícia Federal (PF), desativou garimpo ilegal nas terras indígenas (TIs) Kuruáya e Trincheira/Bacajá, e na Reserva Extrativista (Resex) Riozinho do Anfrísio, todos em Altamira (PA).
O modelo de atividade flagrado pelo Ibama e pela PF caracterizou crime ambiental. A Operação Sadida Ore (Minério Sujo) inutilizou 25 motores, uma escavadeira hidráulica, 13 estruturas de apoio ao garimpo e três mil litros de diesel.
O garimpo ilegal avançou no interior da TI Kuruáya, gerando degradação da floresta nativa, impactos à fauna e contaminação do leito do rio Iriri, afluente de um dos maiores rios da Amazônia, o Xingu.
Os equipamentos foram apreendidos e inutilizados pelo Ibama, por não haver meios disponíveis para a sua retirada, com objetivo de cessar a degradação. A decisão encontra amparo no Decreto 6514/2008, que regulamenta a Lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).
Além das consequências para o meio ambiente, o garimpo ilegal impacta a saúde, a segurança e o bem-estar dos indígenas residentes nas proximidades, sendo de suma importância o combate às organizações criminosas que financiam e promovem este tipo de ilícito.
A mesma região, em Altamira, foi alvo, ao longo de 2023, de diversas operações dos órgãos ambientais e de segurança pública. Os trabalhos contra o crime conseguirem reduzir os alertas de garimpo ilegal na região.