No atual momento de disputa pela sucessão do cargo deixado por Flávio Dino, que recentemente foi aprovado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu tomar medidas contra um dos problemas mais comuns de violência urbana no país: os frequentes casos de roubo e furto de celulares.
Na próxima terça-feira (19), será lançado o aplicativo Celular Seguro, o qual permitirá um bloqueio mais rápido da linha e das funções do aparelho. Embora o governo alegue que a responsabilidade pelos assaltos nas ruas seja das autoridades locais, o Palácio do Planalto tem sido pressionado por medidas eficazes.
Uma pesquisa de opinião encomendada pelo governo teria revelado, de acordo com fontes, que a segurança pública é uma das maiores preocupações da população atualmente, superando outras queixas, como a saúde.
O novo aplicativo consiste em uma plataforma que pode ser acessada pelo usuário para bloquear a linha de celular e os acessos a contas de bancos e serviços cadastrados no aparelho. O dono do celular pode acionar o app por meio de outro aparelho, previamente cadastrado, para que a informação chegue à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e às instituições bancárias.
“O aplicativo funciona como um atalho, um botão de emergência”, afirmou à CNN o secretário-executivo, Ricardo Capelli.
“O bloqueio inibe a receptação por quem compra o celular de origem duvidosa. Não vai mais [ocorrer], o que desestimula o roubo. A pessoa não vai ter coragem de vender se não terá acesso às informações, dados bancários, nada. Esse aplicativo transforma o celular em um pedaço de metal inútil”, disse Capelli.
O funcionamento do aplicativo está diretamente sob a coordenação da secretaria-executiva da pasta, comandada por Capelli, cotado para assumir a cadeira de Dino na pasta. Braço-direito do ministro, Capelli tem evitado falar sobre a corrida para sua sucessão. Nome da preferência de Dino, ele é contrário ao desmembramento da pasta.
Desde o início da gestão, ele vem exercendo posição de destaque no ministério. Em janeiro, foi designado interventor da segurança pública no Distrito Federal e, mais recentemente, passou a cuidar das ações da pasta no combate ao crime organizado.
Fonte: O Liberal