O Pará segue liderando o ranking de estados com a tarifa de energia elétrica mais cara do país em 2024. Com o reajuste médio de 11% nas tarifas, que entrou em vigor no ano passado, a Equatorial Pará passou a liderar a lista, fazendo o preço da energia consumida por kWh (quilowatt-hora) passar para R$ 0,96, sem contar impostos e a taxa de iluminação pública. A média nacional é de R$ 0,72 por KWh.
Já a concessionária com a tarifa mais baixa é a Companhia Campolarguense de Energia (Cocel), situado no município de Campo Largo, no Paraná. A cobrança pelo uso de energia elétrica nessa área de concessão é de R$ 0,589/kWh.
O Estado tem um dos maiores índices de perda de energia do país, seja por motivos técnicos ou furto. Isso pesou no aumento em 2023. Agora, em 2024, os reajustes das contas de luz devem subir 5,6%, conforme projeções inéditas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que fez uma estimativa média para as 52 concessionárias de distribuição do país.
No caso da Pará, a distribuição de energia ainda tem o desafio de atender áreas distantes com uma pequena concentração de consumidores. São atendidos todos os 144 municípios paraenses, que somam uma área de 1.248 mil km², cerca de 14,7% do território brasileiro. Com isso, a distribuidora atende a uma média de 17 consumidores por km².
Nota Equatorial Pará
A Equatorial Pará esclarece que as tarifas de energia dos estados são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O percentual tarifário de reajuste aplicado a cada ano pela agência reguladora tem por objetivo reconhecer os investimentos e reconhecer os custos feitos pela concessionária no período, assegurando a receita necessária para que o serviço seja prestado, satisfazendo as condições de continuidade, eficiência e segurança da operação.
Vale destacar que as tarifas aprovadas devem ser suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão e possibilitar que a empresa possa continuar realizando as obras necessárias para fornecer energia elétrica aos atuais e futuros consumidores do Pará na quantidade e qualidade necessária. É a ANEEL que define o valor da tarifa e o período de reajuste com base nos critérios regulatórios.
Considerando a composição da fatura de energia, os itens relativos à distribuição respondem a cerca de 31,0% para operar com qualidade e expandir o sistema elétrico. Adicionalmente, por volta de 35,0% de uma fatura média se destinam ao repasse de impostos e encargos setoriais aos agentes governamentais, enquanto os restantes 34,0% são repassados para geração de energia e transmissão.
É importante frisar que alguns fatores impactam neste cálculo e na tarifa de energia praticada em cada estado, dos quais destacamos o tamanho, a densidade demográfica, características dos consumidores e a complexidade, no caso do Pará. Por ser um estado de grandes dimensões, a logística e os custos para operação, manutenção e expansão da rede elétrica são mais altos e com condições mais desafiadoras que outros estados. Além disso, com uma densidade demográfica de 6,51 habitantes por km², abaixo da média nacional, e com cargas predominantemente residenciais, cerca de 87% da concessão, a divisão dos custos resulta em uma parcela maior para cada consumidor, quando se compara a concessões com cargas maiores e mais concentradas.
A Equatorial Pará ressalta ainda que, o estado tem cerca de 1 milhão de consumidores inscritos na Tarifa Social, que concede de descontos de até 65% na conta de energia.
Fonte: Aneel