João Felipe da Silva Rodrigues Oliveira, o Spike, é descrito pela polícia do Pará como um homem que idealiza missões criminosas para angariar fundos que vão abastecer o Comando Vermelho (CV) no Norte do País. O detento é suspeito de comandar o sequestro de uma médica em Belém, na capital paraense, no último domingo, a partir da Penitenciária Muniz Sodré, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, onde está preso desde abril. Ele teria usado um telefone celular na execução do crime, que acabou frustrado. Com anotações criminais por crimes como roubo, sequestro e tráfico, Spike teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, nesta segunda-feira (24/6), pela justiça do Estado do Pará.
Integrante da cúpula do CV no Pará, Spike não foi o único a ter a prisão convertida. Outras quatro pessoas envolvidas no sequestro, presas neste domingo, também tiveram as prisões preventivas decretadas. Todos ainda vão passar por audiência de custódia no Pará.
Foragido da Justiça paraense, Spike veio para o Rio de Janeiro, onde encontrou abrigo no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Após um trabalho de inteligência, ele foi localizado por policiais paraenses e fluminenses, em abril deste ano, na Praia de Itaipu, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Ao ser preso foi levado para a Penitenciária Muniz Sodré.
No último domingo, ele teria usado um celular para comandar o sequestro da médica em outro estado. Já se sabe que quatro bandidos renderam a vítima quando ela estava entrando num carro, no bairro Cidade Velha, em Belém. Policiais de seis delegacias do Pará foram mobilizados. Por volta das 15h, os agentes descobriram o local que era usado como cativeiro, em Ananindeua, município vizinho a Belém. Houve troca de tiros, e um bandido morreu. A médica foi resgatada sem ferimentos. Duas mulheres e dois homens foram presos.
Relembre o caso: Sequestro de médica no Pará foi ordenado de presídio no Rio
Após descobrir a participação de Spike, a Polícia do Pará acionou a Delegacia Antissequestro (DAS) do Rio de Janeiro e comunicou o crime à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Os agentes fluminenses buscaram o detento na penitenciária e o levaram para a especializada, onde foi autuado em flagrante por extorsão mediante sequestro.
Nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro deflagrou uma operação na Penitenciária Muniz Sodré e apreendeu 16 celulares na cela que era ocupada por Spike.
A Seap informou ainda que o detento foi transferido para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), de segurança máxima, e que a corregedoria da secretaria abriu uma sindicância para apurar o caso.
Fonte: Portal Extra