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Apresentada nova proposta de plebiscito para criação do estado do Tapajós

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A criação do estado do Tapajós é viável em termos econômicos, segundo explica o economista e consultor Nélio Bordalo. Porém, a divisão do território para criar o novo estado faria o Pará perder cerca de R$ 9 bilhões do seu Produto |Interno Bruto (PIB) por ano.

A nova proposta de realização de novo plebiscito para ouvir a população do Pará para criação do estado do Tapajós foi  apresentada no Senado Federal pelo senador Siqueira Campos (DEM-TO) e assinada por 27 senadores – entre eles os paraenses Zequinha Marinho (PSC) e Paulo Rocha (PT) .

Em 2011, a população paraense rechaçou a divisão do seu território para criação dos estados do Tapajós (oeste) e do Carajás (sul e sudeste). O plebiscito foi realizado dia 11 de dezembro daquele ano. Se for aprovado, o estado do Tapajós terá como capital a cidade de Santarém.

De acordo com o economista paraense,  os 23 municípios que formariam o estado do Tapajós produzem R$ 9 bilhões por ano em atividades, como pecuária, mineração e madeira e agricultura.

Além disso, ainda é preciso fazer o levantamento da previsão de gastos com a estrutura de um novo governo, que segundo Nélio Bordalo, seria em torno de R$ 800 milhões para o novo estado funcionar, comportando secretarias e outros órgãos da administração estadual.

No entanto, o economista assegura que mesmo assim o estado do Tapajós é viável economicamente falando.

O atual PIB do Pará é de 35 bilhões anuais e com o desmembramento de 23 municípios a perda de R$ 9 bilhões, explica Nélio Bordalo, numa análise rápida seria uma perda relativamente pequena.

Em 2011, o projeto seriam dois estados, formados a partir da divisão do Pará e a perda seria muito maior no aspecto econômico, acentua o economista. Porém, ele admite que é preciso avançar nos estudos e saber se essa viabilidade é, de fato,  possível com a criação do estado do Tapajós.

 

Batalha pela criação do Estado do Tapajós é centenária 

O doutor em ciência político e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Edyr veiga, explica que a proposta atual é mais interessante. “O que nós sabemos que é essa luta pelo estado do Tapajós é centenária e tem toda uma tradição cultural, artística, literária, tem todo um conjunto de valores regionais que agregam as gerações”, define o professor.

Ele afirma, que o fato da região oeste paraense ser muito isolada, do ponto de vista terrestre, da capital do Pará, sempre se buscou um caminho mais factível  para resolver esse problema de isolamento.

Caso bem difertente da tentativa de criação do estado do Carajás, afirma Edyr Veiga, cujo projeto foi formulado por uma comunidade de imigrantes, em função do grande potencial econômico da região, portanto, os argumentos são menos sólidos e maiss financeiros.

Edyr Veiga afirma que como estudioso do Estado do Pará percebe que a fronteira agrícola expandiu nos últimos 40 anos, gerou uma elite rica, que trouxe valores do centro-oeste brasileiro e, que portanto, luta por um estado próprio.

” O Tapajós tem um poder de sensibilidade e simpatia muito maior, acredito que se tivesse sido isolada essa proposta podia ter passado no plebiscito anterior”, afirma.

Acredito que se as lideranças dessa regi~çao oeste do pará, tiverem uma extratégia de convencimento dos setores político, produtivo e sociais, tem grande chance de ter apoio, incluive,m do nortdeste do Pará.

Mas, ele acredita que o sucesso do projeto vai depender do poder de convencimento, a partir de um discurso que combine o crescimenbto da região e que o Pará não teria uma perda significante.

Ele ressalta, porém, que o Pará ainda tem economia insuficiente para fazer a gestão de toda essa região. Inclusive, a região nordeste e Metropolitana de Belém permanece com baixa capacidade econômica, dependente da produção do sul e sudeste do estado, mas é inegável que tem condições de alavancar, segundo o cientista político.

O fato do governador Helder Barbalho (MDB) ter realizado viagens, com discurso de regionalização da administração estadual e não produz serviços e obras suficientes para estas localidades. “O governador tirou o balcão da capital e levou para as regiões, mas não está produzindo planejamento estrutural para essas regiões. Estamos em um período de escassez. Não tem condições de alocar recursos para estas regiões. ele vai apenas conduzindo politicamente a situação”, sustenta Edyr veiga.

Fonte: Portal Roma News

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