A Polícia Federal deflagrou a operação Bruciato II para prender responsáveis pela comercialização ilegal de ouro na região sul do Pará extraído de terra indígena. A operação foi realizada simultaneamente na manhã desta quarta-feira (11 setembro), nos Estados do Pará, Tocantins e Mato Grosso. Desta vez, os alvos atuam financiando indiretamente a exploração ilegal do minério.
A ação foi a continuação da operação Bruciato, deflagrada nesta terça-feira (10/09). Na ocasião, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva, no combate a organização criminosa que atua no interior e arredores da terra indígena Kayapó.
Após extraído de dentro e dos arredores da Terra Indígena Kayapó, no Pará, o ouro era levado a Cuiabá (MT) e em seguida, encaminhado ao exterior. A continuação da investigação deve apontar mais detalhes sobre o funcionamento do esquema e a que países o minério era levado.
Na operação desta quarta-feira, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva. Do total, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios do Pará em Redenção, três em Tucumã, um em Cumaru do Norte e um em Palmas (TO) e um em Cuiabá (MT).
Operação Bruciato da Polícia Federal (PF) realizou ações contra grupo que explorava ilegalmente ouro de Terra Indígena Kayapó. (Divulgação / Polícia Federal)
Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Redenção (quatro) e Cuiabá (dois). Ainda foram apreendidos veículos, joias, ouro, armas, valores em espécie.
A Justiça Federal determinou o sequestro e indisponibilidade de até R$ 1,7 bilhão, em dinheiro e bens dos investigados, e foi determinada a suspensão da atividade de extração das atividades minerárias e comercialização de ouro de quatro empresas.