A Polícia Civil, responsável pelas investigações sobre o atentado contra o candidato a prefeito de Uruará, Matheus Sousa, do Partido Liberal (PL), descartou, nesta quarta-feira (02/10), a possibilidade de o caso estar relacionado a crime político.
“Não tem viés político, ou seja, não tem relação com o pleito eleitoral. A polícia não trabalha com essa hipótese”, afirmou o superintendente da Polícia Civil no Xingu, Ricardo Vieira.
Superintendente da Polícia Civil no Xingu, Ricardo Vieira.
Questionado se o caso poderia ter sido forjado, o delegado respondeu: “Até o momento, não temos como afirmar que tenha sido forjado. É prematuro afirmar qualquer coisa nesse sentido”, disse a autoridade policial.
De acordo com a polícia, a perícia realizada no local do crime indica que, no momento dos disparos, a porta do veículo em que Matheus estava provavelmente se encontrava aberta, e que apenas dois tiros teriam sido disparados de fora para dentro do veículo, atingindo a porta. Além disso, o delegado afirmou que houve divergências nos depoimentos prestados até o momento.
O caso segue sendo investigado por equipes da Polícia Civil de Altamira e de Uruará, e o inquérito já conta com 19 páginas.
Sobre o fato
O carro do candidato, Matheus Sousa (PL), uma caminhonete branca, foi atingido por tiros por volta da meia-noite da última sexta-feira, 27 de setembro, próximo a uma ponte na BR-230. O candidato retornava de uma programação política no km 135, zona rural do município de Uruará. No veículo estavam, além de Matheus, sua esposa, seguranças, e o candidato a vereador Sílvio Alex, que é investigador da Polícia Civil, mas está afastado de suas funções para concorrer ao cargo. Nenhum dos três se feriu.
A versão inicial apresentada por Matheus e sua equipe é que um carro com criminosos teria atravessado a rodovia, e os ocupantes dispararam vários tiros contra a caminhonete em que ele estava, sendo que seus seguranças revidaram contra os atiradores.
Seis candidatos disputam a prefeitura de Uruará, município localizado na região da Transamazônica, no sudoeste do Pará.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu