Search
Close this search box.

Após desabamento de ponte, MPF instaura inquérito civil para investigar impactos socioambientais no Pará

Instituição busca apurar os efeitos do derramamento de produtos tóxicos na saúde das comunidades à margem do Rio Tocantins

Continua após a publicidade

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil, nesta segunda-feira (23/12), para investigar as consequências socioambientais e de saúde pública, sofridas no Pará, pelo desabamento parcial da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão. 

O incidente ocorreu no último domingo (22/12), e resultou na queda de veículos no Rio Tocantins, incluindo caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos.

Um dia após o desabamento, a prefeitura de Marabá, no sudeste paraense, divulgou um alerta à população, orientando que “todos os moradores e comunidades situados à margem do rio Tocantins evitem qualquer contato com a água do rio”.

Providências – O MPF solicitou, em caráter de urgência:

– à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Marabá e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará, informações, ainda que em estudos preliminares, sobre a atual situação da qualidade da água do Rio Tocantins;

– à Semas, que envie equipes profissionais para realizar estudos técnicos aprofundados sobre a qualidade da água do Rio Tocantins, assim como os possíveis impactos a curto, médio e longo prazo na biodiversidade e na utilização da água pela população;

– ao Instituto Evandro Chagas, ao Museu Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), que apresentem a viabilidade da realização dos estudos sobre os impactos causados pelo derramamento de produtos químicos no rio Tocantins.

Riscos – De acordo com o MPF, o derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos representa graves riscos à saúde das populações que vivem próximas à margem do rio Tocantins, especialmente de comunidades ribeirinhas e tradicionais, que utilizam o rio como fonte de subsistência. 

O contato com essas substâncias pode causar reações químicas graves, como queimaduras, intoxicações, danos aos olhos e problemas respiratórios.

Além disso, a contaminação do rio também é uma ameaça ao meio ambiente, gerando riscos severos a todo o ecossistema ligado ao rio Tocantins.

Ascom/MPF

Compartilhe essa matéria:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *