O Ministério Público federal vai entrar com mais de duas mil ações na Justiça contra pessoas e empresas que desmataram a Amazônia ilegalmente. Os procuradores conseguiram descobrir desmatamentos sem precisar ir a campo.
O sistema que o Ministério Publico utiliza faz o cruzamento das imagens de um satélite que monitora toda região amazônica, cerca de duas em duas semanas, com a lista de multas do Ibama e com os cadastros de regularização fundiária. O objetivo é saber se o desmatamento ocorreu, por exemplo, em uma Unidade de Conservação ou numa propriedade privada. Se ficar comprovado que o desmatamento foi ilegal, os procuradores entram com uma ação civil pública.
Segundo o Ministério Público, entre agosto de 2016 e julho de 2017, duas mil e trezentas pessoas ou empresas desmataram ilegalmente uma área da Amazônia do tamanho de 160 mil campos de futebol. Quase 80% nos Estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia.
No ano passado o Ministério Público usou esse mesmo sistema para processar mil e cem desmatadores.