R$ 429,7 mil. Esse foi o valor injetado pelo setor agropecuário na economia de Altamira em 2021, segundo a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
O dado é da última publicação da instituição com o detalhamento do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios paraenses.
Altamira, maior município do Brasil, ocupa o 10º lugar entre os que mais contribuem para o PIB do Pará no setor agropecuário.
A pecuária bovina é a principal atividade econômica do município. De acordo com a Fapespa, em 2023, Altamira registrou 1.079.168 cabeças de gado, número que coloca o município em destaque no Pará e no cenário nacional.
Altamira referência em genética
O avanço do setor não se limita ao volume de animais, mas também à qualidade genética do rebanho. Produtores locais têm investido em biotecnologias de reprodução e melhoramento genético, como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que permite a inseminação de vacas no momento ideal, aumentando as taxas de prenhez e otimizando o manejo reprodutivo; a Transferência de Embriões em Tempo Fixo (TETF), que possibilita a multiplicação rápida de matrizes de alto valor genético; e a Genômica, que utiliza a análise do DNA dos animais para identificar características superiores e acelerar o processo de melhoramento genético.
Além disso, criadores de Altamira participam ativamente de programas nacionais de avaliação genética, como o Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), desenvolvido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ); a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), referência em seleção genética de raças taurinas e zebuínas; e o Embrapa Geneplus, programa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) voltado à identificação e difusão de animais geneticamente superiores.
Esses investimentos colocam Altamira no mesmo patamar dos melhores criatórios do Brasil, com genética de ponta e tecnologia de manejo de última geração, tornando-se referência em produtividade, qualidade e sustentabilidade no campo.
Altamira, destaque na produção animal e agrícola
Altamira também se destaca na produção animal. São 130.080 aves, 17.540 vacas em ordenha e 16.107 suínos, números que reforçam o papel do município no agronegócio paraense.
Na agricultura, os resultados também impressionam. Entre as lavouras permanentes, a banana lidera com 14.626 toneladas, seguida pelo cacau (7.278 t) e pelo açaí (352 t). Nas temporárias, a soja soma 49.462 toneladas, o milho 48.678 toneladas e a mandioca 19.000 toneladas.
A produção de origem animal em 2023 inclui 15,7 mil litros de leite, 8.250 quilos de mel e 254 dúzias de ovos. No extrativismo vegetal, destacam-se as amêndoas de babaçu (46.285 t), o açaí (412 t) e a castanha-do-pará (176 t).
A posição geográfica estratégica e a vasta extensão territorial fazem de Altamira um polo natural do agronegócio. O município expandiu a pecuária de corte e leiteira, fortaleceu culturas como soja, milho e cacau e valorizou a agricultura familiar com práticas sustentáveis e produtos de qualidade.
42ª ExpoAlta: o maior evento do agronegócio do Xingu
Após cinco anos, Altamira volta a realizar a Feira Agropecuária — a ExpoAlta. Mais do que shows e entretenimento, o evento celebra o trabalho e a produção de cada produtor rural da região.
A 42ª ExpoAlta será realizada entre 5 e 9 de novembro, no Parque de Exposições Antonio Inácio de Lucena. Com entrada gratuita, inclusive para os shows, a expectativa é de um público de 100 mil pessoas, mais de 200 expositores e uma movimentação econômica de R$ 120 milhões.
Entre as atrações musicais nacionais estão Leonardo, Humberto & Ronaldo, Natanzinho Lima, Mano Walter e Leandro Borges.
A ExpoAlta é uma realização da Prefeitura de Altamira e do Sindicato dos Produtores Rurais de Altamira (Siralta).
Fonte: Ascom/PMA
