ACBM sedia oficina e assume coordenação da Rede de Governança da Transamazônica e Xingu

Foto: Wilson Soares - A Voz do Xingu
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Por Wilson Soares – A Voz do Xingu

Entre os dias 26 e 28 de novembro, a Associação dos Municípios do Consórcio Belo Monte (ACBM), sediada em Altamira, no sudoeste do Pará, promoveu uma oficina estratégica da Rede de Governança da Transamazônica e Xingu (RGTX), articulação multissetorial que reúne 28 instituições públicas, privadas e do terceiro setor. De caráter não governamental, apartidário e sem fins lucrativos, a REDE tem como objetivo promover diálogo e propor políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável da região do Xingu.

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Durante o encontro, ACBM — que representa 13 municípios da região — foi eleita, em assembleia, para coordenar o Comitê Deliberativo da RGTX. A coordenação ficará sob responsabilidade de Márcia Bueno, assessora de relações institucionais da entidade, tendo Jedielcio Oliveira (Unicafes) como suplente.

Segundo Márcia, a escolha consolida um processo de mais de um ano de articulação entre as instituições que integram a Rede.

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“São 28 instituições que, há mais de um ano, estão dialogando sobre os desafios e oportunidades do nosso território. Ontem, (dia 27/11), formalizamos essa REDE, em que a ACBM ficou como coordenadora do Comitê Deliberativo. Os desafios são grandes, mas igualmente válidos, porque já saímos do encontro com um planejamento estratégico para 2026”, afirmou.

A formação da RGTX se apoia nas bases lançadas pelo projeto NESTE, da organização The Nature Conservancy (TNC), e pela oficina preparatória realizada em abril de 2025. Para Márcia Alves Varanda, especialista em conservação da TNC, a Rede representa um marco na construção de um espaço permanente de governança territorial.

“Estamos em Altamira numa missão muito rica, que é fortalecer a governança territorial. Tivemos a fundação do Comitê Territorial Transamazônica e Xingu, um espaço de incidência política e articulação entre instituições dos 13 municípios para debater políticas públicas e construir soluções”, destacou Márcia Alves – especialista em conservação – TNC.

PSA é uma das pautas estratégicas

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O último dia da oficina, encerrada na tarde de sexta-feira (28 de novembro), foi marcado por discussões técnicas sobre Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) nas esferas municipal, estadual e federal — tema considerado fundamental para as futuras ações da Rede.

A chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará (Semas), Diana Castro, apresentou a política estadual de PSA e reforçou a importância da integração com a RGTX. “Viemos apresentar a política de pagamento por serviços ambientais e vemos este momento como uma oportunidade para que ela ganhe escala e beneficie mais famílias na região”, afirmou.

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Diana destacou ainda o potencial do PSA para incentivar práticas sustentáveis. “A política de PSA é um incentivo para a transição a uma economia de baixo carbono. Ela remunera quem produz de forma sustentável, quem mantém a floresta em pé — produtores rurais, agricultores familiares e territórios coletivos. Já há iniciativas em andamento, como a Rede Terra do Meio”, concluiu.

A oficina encerrou com encaminhamentos para o plano de trabalho de 2026 e reforçou o compromisso das instituições com a governança territorial e o desenvolvimento sustentável da região da Transamazônica e Xingu.

A Voz do Xingu

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