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Aldo Rebelo anuncia candidatura pelo Pará e vai mudar residência para o Estado, diz Repórter 70

O político é um duro crítico à atuação das ONGs na Amazônia e defende projetos como a Ferrogrão

Rebelo disse ao R70 que “um Estado tão rico não pode ter o seu povo na pobreza”. (Wilson Dias/ Agência Brasil)
Rebelo disse ao R70 que “um Estado tão rico não pode ter o seu povo na pobreza”. (Wilson Dias/ Agência Brasil)
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ex-ministro Aldo Rebelo anunciou que vai ser candidato a cargo majoritário pelo Pará e, por isso, vai mudar sua residência para o Estado. A informação é do “Em Poucas Linhas”, da coluna Repórter 70, publicada neste domingo (30) em O Liberal. Com 67 anos, Rebelo é natural de Viçosa (AL). O político filiado desde 2022 ao PDT é também jornalista e escritor.

Aldo é uma figura histórica do PCdoB, mas teve passagens pelo Solidariedade e pelo PSB. Foi deputado federal por São Paulo por cinco mandatos, ministro durante os governos Lula e Dilma Rousseff em pastas como Defesa, Ciência, Tecnologia e Esporte, além de titular da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais. Ele se lançou candidato ao Senado por São Paulo, pelo PDT, nas eleições de 2022, obtendo mais de 230 mil votos, mas não se elegendo.

A coluna de O Liberal aponta, ainda, que o político usará em campanha o que defende sempre: que o “Pará é dos paraenses”, além de princípios como o da soberania e o desenvolvimento da Amazônia. Ele disse ao R70 que “um Estado tão rico não pode ter o seu povo na pobreza”.

CPI das ONGs

Recentemente, na primeira metade de julho, Aldo Rebelo depôs como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação das Organizações Não Governamentais (ONGs) na Amazônia, a chamada CPI das ONGs. Na época, ele fez duras críticas à atuação dessas entidades que, em sua visão, sequestram as prerrogativas do governo federal para executar uma agenda pautada por blocos estrangeiros, especialmente por Estados Unidos e União Europeia.

Em seu depoimento, Rebelo disse se surpreender com a atual situação da Amazônia. De acordo com ele, convivem na região três Estados paralelos: o primeiro seria o oficial, das prefeituras, Estados e União, com suas agências e órgãos; o segundo seria o do crime organizado e narcotráfico; e o terceiro, para Aldo, é o que ele chama de “Estado paralelo das ONGs”.

Na opinião de Rebelo, as Organizações Não Governamentais respondem a interesses externos ao Brasil. “Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida“, relatou, no dia 11 deste mês.

O ex-deputado disse, na mesma ocasião, que “não é pelo meio ambiente” que a Amazônia está em evidência e no centro dos debates mundiais. Segundo ele, que é uma das vozes críticas ao trabalho das ONGs na Amazônia, o Brasil não tem consciência da relevância e da importância de suas riquezas, e que é errado achar que “é tudo pelo meio ambiente”.

Não é pelo meio ambiente que a Amazônia está em evidência, no centro dos debates, não é por isso que estão trazendo a COP para Belém. Não é pelo nosso bem, é pelos nossos bens. Há que se diferenciar aqueles que estão aqui pelo nosso bem daqueles que estão em busca dos nossos bens”, declarou.

Economia

Outra marca de Rebelo é a defesa do desenvolvimento econômico do Pará. Ele apoia, por exemplo, a Ferrogrão, projeto ferroviário que prevê a ligação entre Sinop, no Mato Grosso, e o porto de Miritituba, no Pará. Para o político, o porto de Miritituba é “magnífico”, mas não tem a estrutura necessária para funcionamento, que seria a Ferrogrão. A decisão pela paralisação dos estudos que poderiam levar ao desenvolvimento do projeto é considerada por Rebelo como “monocrática”.

Fonte: O Liberal

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