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Almeirim, Alenquer e Oriximiná lideram casos de malária na região do Baixo Amazonas

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O Pará tem registrado redução no número de casos de malária nos últimos 12 meses, mas alguns municípios ainda precisam de atenção da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) em relação a doença. No Baixo Amazonas, no oeste do Pará, Almeirim, Alenquer e Oriximiná respondem por 10,2% do total de casos de malária do estado.

De acordo com dados da Sespa, 59,2% estão na região do Tapajós (Jacareacanga e Itaituba), e 16,8% na região do Marajó (Anajás, Breves e Bagre).

Atualmente, os municípios prioritários para controle da malária no Pará são Jacareacanga, com Incidência Parasitária Anual (IPA) de 217,3, Anajás (IPA17,2), Itaituba (IPA 10,3), Almeirim (IPA 5,8), Bagre (IPA3,7), Chaves (IPA3,2), Alenquer (IPA 2,5), Oeiras do Pará (IPA 2,3) e Breves (IPA2,2).

Dos 4.334 casos positivos de malária no estado, 774 foram positivos para do P. falciparum, que é a forma mais grave da doença.

Conforme os dados da Sespa, o número de casos de malária caiu de 32.753 em 2019 para 23.843 em 2020, representando uma queda de 27,20%. E ao se comparar o primeiro trimestre de 2020 com 4.936 casos, com o primeiro trimestre de 2021 com 4.334 casos, a redução foi de 12,19%. Os números de 2020 ainda são parciais porque a alimentação do sistema prossegue até junho deste ano.

O diagnóstico da malária pode ser feito por meio de gota espessa ou teste rápido. A gota espessa é obtida com amostra de sangue colhida diretamente por punção digital.

Aplicação de inseticida na parede para combater o mosquito Anopheles — Foto: Agência Pará/Divulgação

Aplicação de inseticida na parede para combater o mosquito Anopheles — Foto: Agência Pará/Divulgação

O tratamento é feito de acordo com o peso do paciente a espécie parasitária, podendo ser por P.vivax , P.falciparum ou mista. Com resultado positivo para malária, o paciente recebe os medicamentos e inicia imediatamente o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ações da Sespa

Segundo a coordenadora estadual de Controle da Malária, Paola Vieira, a Sespa trabalha em conjunto com os municípios paraenses, principalmente com ações de supervisão nas quais são analisados e avaliados dados epidemiológicos e estrutura operacional dos centros regionais de Saúde e das secretarias municipais de Saúde.

A Sespa também apoia os municípios nas ações de vigilância, prevenção e controle da malária, garantindo a execução de ações por meio de avaliação, monitoramento, regulação de insumos estratégicos e ações complementares e/ou suplementares.

Paola Vieira explicou que, em relação aos municípios que têm alto índice de malária, a Sespa atua diretamente com ações de força-tarefa, nas quais os técnicos do Estado se unem à equipe municipal para intensificar as ações de controle, ou seja, busca ativa de casos, tratamento de pacientes, distribuição e instalação de mosquiteiros, controle químico, entre outras.

Técnico da Sespa prepara inseticida para combate ao mosquito da malária — Foto: Agência Pará/Divulgação

Técnico da Sespa prepara inseticida para combate ao mosquito da malária — Foto: Agência Pará/Divulgação

Dificuldades

De acordo com a diretora de Controle de Endemias, Adriana Tapajós, a principal dificuldade que os municípios com altos índices de malária enfrentam para manter controle da malária é o acesso às localidades.

“Nesses municípios, a malária está concentrada principalmente nas localidades mais distantes da sede municipal, em áreas de difícil acesso que consequentemente necessitam de um maior investimento em equipamentos como voadeiras, barcos, motos, carros e recursos humanos que são insuficientes, além de requerer gastos com combustíveis”, explicou.

Sespa tem combatido a malária em locais de exploração mineral irregular — Foto: Agência Pará/Divulgação

Sespa tem combatido a malária em locais de exploração mineral irregular — Foto: Agência Pará/Divulgação

Assim como outras endemias, o controle da malária também sofreu impactos da pandemia de Covid-19. O principal deles foi causar o afastamento de servidores acima de 60 anos e com comorbidades dos seus postos de trabalho, visto que a principal estratégia de combate do programa é o diagnóstico e tratamento oportuno de pacientes.

“Como a maioria dos postos de diagnósticos ficam em áreas estratégicas, o afastamento desses técnicos dificultou a oportunidade de acesso a diversas comunidades”, comentou Adriana Tapajós.

A malária é transmitida pela picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas pelo protozoário Plasmodium. Os principais sintomas são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Há pessoas que, antes de apresentarem tais manifestações, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Fonte: G1 Santarém

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