Altamira: 113 anos de história, desenvolvimento e potencial ecológico

Por Wilson Soares e Benigna Soares – Abrajet/PA

Altamira, localizada no coração da Amazônia, no sudoeste do Pará, celebra, nesta quarta-feira (6), 113 anos de emancipação política. Fundado em 6 de novembro de 1911, pela Lei Estadual nº 1.234, é hoje o maior município do Brasil e o terceiro do mundo em extensão territorial, abrangendo quase 160 mil quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 126 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O território altamirense é dividido em dois distritos: Castelo de Sonhos e Cachoeira da Serra, a 1100Km da sede de Altamira, na divisa do Pará com Mato Grosso. Devido a essa imensidão territorial, temos dois fusos horários no município. Em Castelo de Sonhos, a diferença é de 1 hora para o centro de Altamira.

Foto: Evair Almeida

O crescimento da cidade teve um impulso importante na década de 1970, com a construção da BR-230, a famosa Rodovia Transamazônica, que acelerou o desenvolvimento da região. De um pequeno povoado, Altamira se transformou em um polo regional que atende diretamente a mais de 10 municípios da região do Xingu, principalmente nas áreas do agronegócio e da saúde.

No campo da educação, entre outros avanços, Altamira tem hoje o curso de medicina, ofertado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o que reforça sua importância no cenário educacional.

Além disso, Altamira conta com um aeroporto de médio porte, um comércio dinâmico e uma rede de hotelaria e gastronomia de alta qualidade, que se compara aos melhores destinos turísticos do Brasil.

Ecoturismo – Banhada pelo Rio Xingu e conhecida como a “Princesinha do Xingu,” Altamira preserva fortes traços da cultura indígena e possui grande potencial para o turismo ecológico e de aventura. Ao longo do trecho do Rio Xingu que passa pelo município, os visitantes podem desfrutar de praias de areia clara, banhar-se em cachoeiras e admirar paisagens paradisíacas em meio a uma floresta preservada.

Nos últimos anos, Altamira tem se destacado no Brasil e no mundo com a realização de grandes eventos turísticos, que promovem a cultura e a economia local. O Festival Internacional do Chocolate e a Feira Internacional Literária do Xingu (FLIX) são exemplos de iniciativas que projetam a cidade tanto no cenário nacional quanto no internacional.

Do cacau ao chocolate – O chocolate artesanal produzido em Altamira já conquistou mercados ao redor do mundo e inspirou rotas turísticas compartilhadas com outros municípios da região, como Medicilândia, Anapu, Brasil Novo e Uruará.

Foto: Wilson Soares / A Voz do Xingu

A pesca esportiva também atrai visitantes de vários estados e até mesmo do exterior. Entre os eventos de destaque está o Festival de Pesca Esportiva Pacu de Seringa, promovido anualmente pelo Xingu Praia Clube, que reúne centenas de amantes da pesca esportiva de diversas regiões do Brasil.

Foto: Wilson Soares / A Voz do Xingu

Com sua natureza exuberante e seu povo acolhedor, Altamira se orgulha de ser uma cidade de trabalho e oportunidades. Muitos que migraram para trabalhar temporariamente no município, durante a construção da Rodovia Transamazônica ou, mais tarde, na construção da Usina de Belo Monte, decidiram permanecer, construir suas famílias e hoje contribuem para o crescimento e desenvolvimento da cidade.

Se, na década de 1970, a extração de látex era a base da economia, hoje Altamira possui uma agricultura, pecuária e setor de serviços fortes e diversificados, demonstrando a força de um município em constante evolução e de grande importância para a região amazônica.

Parabéns, Altamira, pelos 113 anos de história, desenvolvimento e hospitalidade! Que a Princesinha do Xingu continue a crescer, preservando suas riquezas naturais e culturais e acolhendo com alegria todos aqueles que aqui chegam para fazer parte de sua história.

Foto: Wilson Soares / A Voz do Xingu

Foto: Wilson Soares / A Voz do Xingu