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Alunos não conseguem chegar à escola em Medicilândia

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Alunos que moram na zona rural, na região de Medicilândia, sudoeste do Pará, continuam com dificuldades para chegar até as suas escolas. Micro-ônibus e caminhonetes que fazem o transporte deles só conseguem vencer a lama de alguns travessões, quando são puxados por outros carros traçados. De acordo com os pais de alunos que residem no travessão do km 110 norte, em dia chuvoso como o de hoje (02 de abril), seus filhos saem de suas casas por volta das 6h30 da manhã e só conseguem chegar à Escola de Ensino Fundamental e Médio Vitória Regia, que fica na Comunidade de São Brás, faixa da rodovia Transamazônica, por volta das 9h30. Três horas para percorrer 20km, que em dia de estiagem é feito em pouco mais de 20 minutos.

Revoltados com a situação, no mês passado os agricultores de vários travessões daquela região chegaram a realizar uma manifestação e ocuparam por dois dias a unidade escolar. Na época eles exigiam que a prefeitura de Medicilândia recuperasse com urgência os travessões do 105 sul e norte e 110 norte, que segundo eles, estavam em péssimas condições de trafegabilidade há vários meses. Os pais também procuraram o ministério público, que em uma reunião realizada na Sede do MP daquele município, ficou acordado que eles desocupassem a sede da escola. A promotora se comprometeu em encaminhar um documento à prefeitura local solicitando que o poder público municipal recuperasse os travessões mais críticos em um prazo de 15 dias.

Mas alguns agricultores, como os que moram nos travessões 85 e 100 Norte, resolveram não esperar pela prefeitura, e recuperaram alguns trechos e pontes com recursos próprios. Uma atitude desesperada por parte dos agricultores que estavam se sentido ilhados sem poder escoar suas produções.

A iniciativa dos colonos, fez com que a prefeitura agilizasse a recuperação de alguns pontos em sua malha viária, assim como também reconstruiu algumas pontes que colocavam em risco a vida de quem é obrigado a trafegar pelas aquelas localidades, mas um mês após toda essa manifestação dos agricultores, as condições do travessão do km 110 norte, continua em péssimo estado, carros de transporte escolar atolados e alunos perdendo aula por falta de manutenção das estradas e vicinais.

Foto e texto: Wilson Soares – A Voz do Xingu

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