Search
Close this search box.

Arte Pará abre edição histórica de 40 anos e discute a Amazônia

Os artistas premiados serão conhecidos na abertura do projeto

Foto: (Cristino Martins / O Liberal
Foto: (Cristino Martins / O Liberal
Continua após a publicidade

A marca de 40 anos do Arte Pará aponta para a direção de retomadas, novidades, reafirmação de pautas atuais e vontade de seguir levando a arte da Amazônia e de vários cantos do Brasil para o mundo como forma de dialogar com a sociedade. Nesta quinta-feira (22), o público vai poder conferir os vencedores da edição de 2022 e também conhecer de perto os trabalhos dos 20 artistas selecionados, das artistas convidadas, além do projeto novo da fotógrafa paraense, Elza Lima, homenageada da edição.

A história de Elza Lima com o Arte Pará é antiga e a artista já ocupou vários espaços no projeto. Já foi premiada, jurada, convidada e representar a arte do feminino na edição histórica de 40 anos coincide com uma das missões do projeto. 

“É com carinho que vejo minha participação neste Salão do Arte Pará  comemorativo aos seus 40 anos, brindando o público paraense. Me faz recordar o início da minha carreira recebendo o meu primeiro prêmio em um passado Arte Pará. Agradeço ao Paulo Herkenhoff, a Roberta Maiorana,  Laura Rago, Vânia Leal, ao Nando Lima, que representa tanto a valente equipe que monta o Salão”, pontua a homenageada.

Pois ao lado de Elza, a curadoria escolheu um time de artistas mulheres da Amazônia Legal, como convidadas, para compor a identidade do projeto deste ano. Lucia Gomes (PA), Edvania Câmara (PA), Walda Marques (PA), Keila Sankofa (AM) e Silvana Mendes (MA) foram as escolhidas.

Depois de cinco anos sem premiação, nesta edição, o Salão Arte Pará vai distribuir R$ 50 mil em prêmios, de R$ 10 mil cada um, sendo três premiações para a Mostra Nacional, duas na de Fomento à Produção de Artistas Emergentes da Amazônia Legal, e mais duas bolsas de residência dos Institutos Inclusartiz e Pivô Arte e Pesquisa. Ao todo, são sete prêmios.

Retomada

Roberta Maiorana, que faz parte da curadoria-adjunta do prêmio, fala da satisfação e do significado desta edição. “Essa edição do Arte Pará tem muita importância, pois passamos por um período de pandemia e que nos impossibilitou de realizar o evento, em 2020, por vivenciarmos um dos momentos mais críticos. Em 2021, fizemos uma edição online com um recorte da videoarte da Amazônia e, agora, 2022, voltamos para comemorar os 40 anos”, pontua.

Em 2022, depois de dois anos sem exposições presenciais por conta da pandemia de covid-19, o projeto trouxe a novidade da categoria Fomento à Produção de Artistas Emergentes da Amazônia Legal. Sobre a iniciativa, uma das curadoras adjuntas do projeto, Vânia Leal, explica que a introdução da categoria surge com o objetivo de dar maior visibilidade e oportunidade para artistas que estão dando os primeiros passos em mostrar seus trabalhos para o grande público.

“A partir da experiência com as mostras, percebemos uma produção de artistas emergentes muito potente, mas que geralmente ficam fora dos circuitos de seleção nacional, pois geralmente o júri olha muito para o processo do artista, para o currículo, o portfólio. Então, esses artistas que são emergentes, a maioria acaba ficando de fora”, justifica Vânia Leal.

Mostras fora da Amazônia

Outro marco da edição de 40 anos foram os deslocamentos do projeto, que saiu do Pará para outros espaços do país. O primeiro deslocamento foi durante o processo de seleção das obras, que pela primeira vez, foi realizado no Rio de Janeiro, nas salas do Museu Nacional de Belas Artes.

No último mês de agosto, O Arte Pará estreou na feira SP-Arte “Rotas Brasileiras”, em São Paulo. A feira abrigou 70 expositores, entre galerias de arte e projetos convidados, que costuram diferentes pontos de vista do Brasil. A parceria foi pensada como uma espécie de aquecimento, onde alguns dos artistas selecionados apresentaram seus trabalhos previamente em São Paulo.

O estande do projeto Arte Pará foi representado pelas obras de cinco mulheres da Amazônia LegalYaka Huni Kuin (Acre), Elza Lima, Nina Matos e Nayara Jinknss (Belém) e Gê Viana (Maranhão). O conjunto reuniu o discurso simbólico a partir de valores regionais, de pautas identitárias, ecológicas e socioculturais e do histórico conceito de “visualidade amazônica”. 

Laura Rago, que integra a equipe de curadoria adjunta, destaca sobre a importância do Arte Pará em ocupar novos espaços. “ Ressignificar o Arte Pará levando o projeto para outros eixos, à luz do momento presente, é também uma forma de rever as manifestações artísticas em curso. Percebe-se um movimento novo para ativar a reflexão sobre os acontecimentos recentes e acumulação histórica e seus memoriais por meio das ocupações de outros espaços centrais na arte”, pontua a curadora.

Projeto Arte Pará 2022 é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio do Centro Universitário Fibra e do grupo Equatorial Energia e com apoio institucional do Grupo Liberal e dos Institutos Inclusartiz e Pivô Arte e Pesquisa. O Arte Pará é uma realização da Fundação Romulo Maiorana.

Fonte: O Liberal

Compartilhe essa matéria:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *