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Artigo: Desafios para os novos gestores municipais da região do Xingu (PA)

Foto: A Voz do Xingu
Foto: A Voz do Xingu
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Após tomarem posse, os novos prefeitos e vereadores das cidades de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu e Pacajá enfrentam agora o desafio de trabalhar em prol do povo e solucionar problemas históricos que afetam a qualidade de vida na região.

Uma das principais demandas dessas cidades está relacionada à saúde. Todas elas dependem de Altamira, onde está localizado o único hospital de média e alta complexidade da região, o Hospital Regional da Transamazônica. Essa unidade de saúde atende diretamente uma população superior a 600 mil pessoas, mas enfrenta sérias limitações estruturais e operacionais.

Exames importantes, como o cateterismo, que poderiam ser realizados no Hospital Regional da Transamazônica, obrigam o paciente a esperar, em média, de quatro a seis meses para ser atendido, além de ter que viajar mais de 400 km até o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém. Essa demora poderia ser evitada, e vidas preservadas, caso esses procedimentos fossem realizados em Altamira.

Inaugurado em dezembro de 2006 pelo Governo do Estado, o hospital já está defasado para atender a crescente demanda da população regional. A ampliação da estrutura e a inclusão de novas especialidades são necessidades urgentes. Familiares de pacientes frequentemente enfrentam a angústia de buscar leitos por meio das redes sociais e, infelizmente, muitos acabam perdendo seus entes queridos enquanto aguardam atendimento.

Historicamente, o tema da ampliação do Hospital Regional ganha destaque durante os períodos eleitorais, mas tende a ser esquecido após a posse dos gestores eleitos. A falta de união entre prefeitos e vereadores para cobrar uma solução efetiva junto ao governo estadual é outro fator que contribui para a estagnação dessa pauta tão importante.

Agora, com novos representantes no comando das prefeituras e câmaras municipais, é hora de agir. A ampliação do Hospital Regional da Transamazônica deve ser tratada como prioridade absoluta. É isso que a população da região espera: promessas cumpridas e ações concretas para melhorar o sistema de saúde e garantir um atendimento digno a todos.

Por Wilson Soares – A Voz do Xingu

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