Vivemos tempos de mudanças rápidas e constantes. A cada dia, surgem novas ideias, propostas e pessoas dispostas a apresentar soluções aparentemente inovadoras para problemas que, muitas vezes, já têm caminhos consolidados. No entanto, é importante refletir: por que trocar o certo pelo duvidoso?
Se algo está funcionando bem, gerando resultados positivos e atendendo às expectativas da maioria, o que justifica abrir mão disso? Ideias novas são, sim, bem-vindas. Afinal, são elas que impulsionam o progresso e trazem alternativas para situações desafiadoras. Mas é preciso cuidado. Antes de apostar em algo novo, é essencial garantir que essa proposta seja sólida, viável e verdadeiramente melhor do que o que já está em prática.
Infelizmente, há quem prefira criticar apenas nos momentos oportunos, aproveitando situações para ganhar visibilidade ou buscar vantagens pessoais. Essas pessoas, ao invés de construir, escolhem apenas apontar defeitos, muitas vezes sem apresentar soluções concretas.
Para que mudanças reais e positivas aconteçam, é fundamental que quem tem novas ideias participe ativamente das discussões, das reuniões e dos espaços de decisão. Apresentar reivindicações e sugerir melhorias é um direito, mas também um dever. Só assim é possível construir algo em conjunto, de maneira transparente e responsável.
Portanto, antes de se deixar levar por discursos sedutores ou promessas que parecem milagrosas, pergunte-se: o que está sendo proposto é realmente melhor? Quem está propondo já demonstrou compromisso e envolvimento com as questões em debate? Não se deve abandonar o que está dando certo por algo incerto, especialmente quando esse “novo” não demonstra comprometimento com a construção coletiva.
Valorize o que funciona, abra espaço para quem quer contribuir de verdade e, acima de tudo, mantenha a consciência crítica. O progresso nasce do equilíbrio entre inovação e prudência.
Por Wilson Soares / A Voz do Xingu