O empresário Dionar Nunes Cunha Rocha Junior, acusado de participação na morte do casal Iran Parente e Josielen Preza, em 27 de fevereiro de 2020, terá audiência de custódia na próxima sexta-feira, 17. Ele respondia pelo crime em liberdade, mas foi preso nesta quinta, 16, por descumprimento de medida cautelar.
A revogação da liberdade provisória foi um pedido da assistência de acusação, por meio de parecer do Ministério Público do Pará (MPPA), acatado pelo juiz Gabriel Veloso. A base para a decisão foi o descumprimento da obrigação de permanecer em sua residência nos finais de semana e feriados.
“[Dionar] foi visto embarcando, na sexta-feira (10/03/23), às 16h, com seu veículo, em uma balsa desconhecida com destino a Juruti/PA, rumo ao evento do Jeep Clube, de RAID, saindo da comarca de Santarém/PA”, diz a petição do advogado Fábio Camargo Filho. Já durante o sábado, 11, segundo o advogado “a requerente protocolou no plantão judiciário o pedido de diligência para fiscalização do cumprimento das cautelares”. O magistrado plantonista, após parecer ministerial, deferiu o pedido.
O mandado de prisão foi cumprido pelo delegado Sílvio Birro, chefe do Núcleo de Apoio à Investigação da Polícia Civil de Santarém. Agora, o caso segue em sigilo.
Relembre o caso
O casal Iran Parente e Josielen Preza foi morto no dia 27 de fevereiro de 2020, na comunidade de Boa Esperança, na grande área do Maíca, em Santarém. Em entrevista coletiva concedida em maio de 2020, o delegado Gilvan Almeida explicou que Iran era conhecido pela prática de agiotagem. Fazia empréstimos a juros elevados a empresários de Santarém e pegava todo tipo de documento ou bem que pudesse ser usado como garantia dos pagamentos. Carregava tudo em uma pasta, que era um dos objetivos dos executores do crime: se apoderar dessa pasta.
O crime, informou o delegado, custou R$ 16 mil. Eram R$ 10 mil para os executores e mais R$ 6 mil para o agenciador dos assassinos. Dionar Nunes Cunha Rocha Junior responde pela autoria do duplo homicídio juntamente com Erick Renan Carvalho. Erick e Dionar vão enfrentar o júri popular, porém, a data do julgamento ainda não foi definida pela Justiça porque Dionar recorreu da sentença de pronúncia ao Tribunal de Justiça do Estado.
Além deles, mais três pessoas são envolvidas no crime: Valdileno Braga Dias, Alessandro Gomes da Silva e Aline Maiara Ribeiro dos Santos. O trio é considerado foragido da justiça. Todos os cinco foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídios qualificados, associação criminosa armada, fraude processual e roubo majorado.
Dos cinco, apenas Erick Renan está preso.
Fonte: O Liberal