Nesta sexta-feira (24), o delegado Bráulio Junqueira, da Divisão de Homicídios de Sinop, em Mato Grosso (MT) afirmou que Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, alegou que as vítimas teriam “entrado na mente dele” ao zombar de sua derrota no jogo de sinuca. O crime que deixou sete pessoas mortas em um bar, ocorreu na última terça-feira (21).
“Oficialmente ele permaneceu em silêncio. Ele foi orientado pelo advogado. Queríamos entender a motivação do crime, mas ele permaneceu em silêncio. Extraoficialmente, no momento da prisão até a delegacia da polícia, o Edgar conversou com a gente numa boa. A única alegação dele foi que o pessoal “havia entrado na mente dele”, teriam “perturbado” ele e “tirado sarro””, disse o delegado em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo.
Questionado se haveria possibilidade da ação ter sido premeditada, Junqueira disse acreditar nesta hipótese.
O delegado contou ainda que os infratores buscaram em casa as armas utilizadas no crime, logo após terem perdido cerca de R$ 4 mil na aposta do jogo. Na tarde do mesmo dia, eles retornaram para disputar novamente e, caso perdessem mais uma vez, tomariam alguma atitude.
“Tiveram dois momentos: na parte da manhã, eles disputaram duas rodadas e ele perdeu R$ 4 mil. Nesse período, o pessoal tirou sarro e chamou ele para jogar mais. No período da tarde, ele jogou mais duas vezes e perdeu as duas vezes. E aí aconteceu essa loucura aí”, informou Junqueira.
OUTRO ASSASSINO MORREU EM CONFRONTO
O comparsa de Edgar, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foi morto na última quarta (22) durante confronto com forças policiais em uma área de mata próximo ao aeroporto da cidade de Sinop. Ezequias chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
No início da tarde de quarta, a polícia apreendeu a espingarda e a caminhonete usadas pelos criminosos em um terreno no Bairro Vila Verde, na periferia de Sinop. Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais de Mato Grosso (BOPE-MT), com apoio de um avião do companhia aérea, realizou buscas para prender os assassinos. Policiais civis e militares atuaram em conjunto.