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Belém tem 26 casos de doença de Chagas confirmados e uma morte em 2019

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Somente neste ano de 2019, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) notificou 126 casos suspeitos de doença de Chagas, sendo 26 já confirmados pelo Instituto Evandro Chagas e uma pessoa morreu. Seis casos ocorreram de forma isolada e outros vinte estão divididos em cinco surtos, de acordo com a Sesma.

Em todo o Pará, até o dia 31 de agosto deste ano, foram confirmados 97 casos de doença de Chagas. Em 2018, foram registrados 179 casos.

A Sesma ressalta que não há transmissão  vetorial (pelo inseto barbeiro) de doença de Chagas em Belém. Todos os casos confirmados foram por ingestão de alimentos não higienizados adequadamente.

A doença de Chagas aguda é doença de notificação obrigatória e pode ocorrer em qualquer período do ano, mas a maior incidência em Belém se dá no segundo semestre, coincidindo com a safra e aumento do consumo de açaí.

Nesta quarta-feira, 23, a Divisão de Vigilância Sanitária de Belém interditou quatro pontos de vendas de açaí, todas localizadas no bairro do Jurunas. A ação ocorreu para evitar novas contaminações, já que os locais não apresentavam condições de higiene adequadas à comercialização do produto.

Ingestão de açaí sem higiene pode levar à contaminação por doença de Chagas

A ação de seu após a Sesma constatar que nove pessoas foram contaminadas por doença de Chagas, em cinco bairros de Belém, causadas por ingestão de açaí, possivelmente distribuído por um ponto de comercialização localizado na Feira da 25 de Setembro, na avenida Rômulo Maiorana, bairro do Marco.

A Sesma informou que a Vigilância Epidemiológica de Belém está acompanhando um surto de doença de chagas, que envolve os nove moradores dos bairros: Marco, Guamá, Fátima, Souza e Sacramenta e que todos já iniciaram o tratamento em domicílio.

“Em relação aos pontos, a Casa do Açaí já fiscalizou os estabelecimentos que são apontados como possíveis focos de contaminação, tendo em vista as boas práticas higiênico-sanitárias exigidas para batedores de açaí. No momento da fiscalização não foi verificada nenhuma intercorrência que prejudique o processamento do fruto nestes locais. Estes estabelecimentos seguem em monitoramento”, informa a nota da Sesma.

A fiscalização dos pontos de venda de açaí é feita pela Casa do Açaí, coordenada pela Vigilância Sanitária municipal. Em 2019, foram fiscalizados 2.218 pontos de venda de açaí e interditados 24 pontos que não estavam adequados às normas vigentes.

Atualmente, 143 estabelecimentos possuem o selo Açaí Bom, que é concedido pela Vigilância Sanitária aos estabelecimentos que possuem licença de funcionamento e cumprem todas as normas higiênico-sanitárias, como a técnica do branqueamento, que consiste na limpeza do fruto e lavagem  em água a 80ºC por dez segundos para higienização e evitar a contaminação do fruto por fragmentos ou fezes de barbeiros contaminados  com Tripanossoma Cruzi, protozoário transmissor da doença de chagas.

Fonte: Sesma

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