O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) os dados mais recentes sobre o sarampo no Brasil. Até a segunda-feira (17), o país teve 1.735 casos confirmados e nove mortes devido à doença. Outros 7.812 registros ainda são investigados pelos órgãos de saúde.
Os estados do Amazonas e de Roraima são os únicos que apresentam surto. Eles são responsáveis por 1.358 (72%) e 310 (17%) dos 1,7 mil casos confirmados, respectivamente.
Entre as nove mortes confirmadas, quatro ocorreram em Roraima (três estrangeiros e um brasileiro) e quatro no Amazonas (todos brasileiros, sendo dois de Manaus e dois de Autazes). Apenas uma morte foi registrada no Pará (indígena Venezuelano).
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo terminou na sexta-feira (14). Mais de 95% das crianças de a 1 a 5 anos foram imunizadas. Independente disso, as vacinas contra as duas doenças estarão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) durante o ano inteiro.
Quem pode tomar a vacina?
Pessoas de todas as idades, diz Isabela Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim). O Ministério da Saúde, no entanto, disponibiliza duas doses para os indivíduos entre 12 meses e 29 anos. Na rede pública, também é possível a vacinação gratuita até os 49 anos (nesse caso, uma dose é administrada).
Quem não pode tomar a vacina?
Gestantes, casos suspeitos de sarampo, crianças menores de seis meses de idade e pessoas imunocomprometidas (com doenças que abalam fortemente o sistema imune) .
A vacina é segura?
Sim, afirmam o Ministério da Saúde e a SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações). Ela é feita de vírus atenuado (enfraquecido) e em décadas de imunização no mundo inteiro, apenas casos de alergia a produtos do leite contidos na vacina foram reportados.
Hoje, no entanto, há vacinas sem traços de lactoalbumina (proteína do leite da vaca).
Não lembro se tomei a vacina. Devo tomar?
“No sinal de qualquer dúvida sobre se tomou a vacina ou não, ou se teve a doença no passado, vale tomar a vacina. Na pior das hipóteses, a pessoa vai se imunizar à toa”, diz Isabela Ballalai.