O retorno dos trabalhos do Legislativo de Medicilândia, na manhã desta segunda-feira, 7 de fevereiro, foi marcado por muitos discursões e bate-boca no plenário da Câmara Municipal.
A primeira Sessão Ordinária foi basicamente voltada para a criação de uma Comissão Processante de Inquérito, famosa CPI, que foi aprovada por cinco votos. A CPI tem por finalidade investigar se a vereadora Valdilene Carvalho Lambert cometeu ou não crime de omissão, ao saber e não denunciar um suposto esquema de compra de votos para aprovação de projetos naquela Casa de Leis.
O pedido de investigação contra a vereadora foi protocolado junto à Câmara de Medicilândia no último dia 03 de fevereiro, pelo eleitor Rosenildo de Sousa Lopes, ex-assessor da prefeitura de Medicilândia, que exerceu o cargo de confiança até o dia 31 de dezembro.
De acordo com a documentação apresentada pelo ex servidor público municipal, durante a última Sessão Extraordinária, realizada no dia 24 de dezembro do ano passado, em que se discutia a criação da Taxa de Inspeção do Cacau, a vereadora Valdilene Lambert teria dito em plenário que: “Estou aqui na política há 04 anos, não estou aqui disputando poder e se fosse pra aceitar propina eu já tinha aceitado desse governo para receber dois mil reais por mês e mais 100 litros de gasolina”. Baseado nas declarações feitas pela vereadora, Rosenildo Sousa, protocolou um requerimento junto ao Poder Legislativo solicitando que a Casa de Leis investigue porque a vereadora Valdilene Lambert tentou guardar tal fato por quase um ano sem levar ao conhecimento das autoridades, para que os mesmos fossem apurados.
A vereadora Valdilene Lambert aproveitou a sessão de ontem e também protocolou junto à presidência de Câmara Municipal de Medicilândia e ao Ministério Público Estadual (MP) uma denúncia em que envolve o nome de pelo menos quatro atuais parlamentares. A denúncia apresentada por ela foi feita através de documentos e uma mídia de áudio, em que segundo a vereadora, trata-se da gravação de uma reunião, que teria ocorrido no dia 01 de março do ano passado, na sala do presidente da Câmara de Medicilândia.
De acordo com a denunciante, ela e outros vereadores teriam participado dessa reunião, onde na ocasião quatro vereadores teriam aceitado a proposta de pegar propina para votarem a favor de projetos que irão para votação.
Valdilene aproveitou ainda para entregar cópia do conteúdo da denúncia a todos os parlamentares que estavam presentes na sessão ordinária, inclusive as citados no áudio.
A CPI que irá investigar as denúncias é formada por três parlamentares, que foram escolhidos através de sorteio entre os vereadores, ficando como presidente o vereador Rusbimario Queiroz.
Ao Portal A Voz do Xingu, o presidente da CPI afirmou que a Comissão irá apurar todos os fatos, tanto o apresentado pelo cidadão Rosenildo Sousa, quanto da denúncia grave apresentada pela parlamentar Valdilene Lambert que aponta o nome de quatro vereadores.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu