Câmara de Vitória do Xingu cassa mandato do vereador Edcarlos Uchôa

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A Câmara Municipal de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, cassou na tarde desta terça-feira (18/11) o mandato do vereador Edcarlos Uchôa Silva Cunha (PSB). A sessão extraordinária, que contou com a presença de nove parlamentares, começou às 14h e seguiu até às 17h30. Durante a reunião, foram lidos os autos do processo, concedida a palavra aos vereadores e, em seguida, reservado o prazo de duas horas para a defesa do parlamentar denunciado — que utilizou pouco mais de 10 minutos.

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Durante sua fala, Edcarlos afirmou que o processo seria resultado de perseguição política e declarou, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que acredita que retornará ao cargo em breve. “Será uma curta férias”, afirmou.

Após a defesa, o presidente da Casa de Leis, vereador Wilson de Castro, colocou o processo em votação. O resultado foi de sete votos favoráveis à cassação e apenas um contrário — o do próprio Edcarlos, já que o presidente só votaria em caso de empate.

Em seu pronunciamento, o presidente do Legislativo informou que comunicará a decisão da Câmara Municipal à Justiça Eleitoral e também ao suplente do PSB, que deverá assumir a vaga.

Início do processo de cassação

O processo de cassação contra Edcarlos Uchôa por quebra de decoro parlamentar teve início em 25 de agosto, durante a 21ª Sessão Ordinária da Câmara, após o protocolo de uma denúncia que solicitava a apuração da conduta do vereador. Ele responde na Justiça por uma suposta tentativa de homicídio registrada em 2021, em Vitória do Xingu.

A acusação do Ministério Público

Segundo denúncia do Ministério Público do Pará (MPPA), no dia 7 de abril de 2021, o vereador teria tentado matar Benedito Ferreira de Castro, conhecido como “Quizumba”. O episódio teria ocorrido dentro de um depósito comercial no centro da cidade. Testemunhas relataram que Edcarlos teria acionado repetidas vezes o gatilho de um revólver calibre .38 contra a vítima, mas o disparo não ocorreu. O caso segue aguardando a sentença final da Justiça.

A defesa

A defesa do vereador nega as acusações. Em manifestação enviada à Justiça, os advogados afirmam que Edcarlos Uchôa estava em recuperação de uma cirurgia no joelho na data do suposto crime e utilizava muletas, o que inviabilizaria a prática apontada. O documento sustenta ainda que há contradições no relato da vítima e atribui a denúncia a perseguição política no município.

Por Wilson Soares – A Voz do Xingu

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