Caminhoneiros do Pará disseram que vão continuar bloqueando as rodovias nesta sexta-feira (25), mesmo após o anúncio do governo federal e de representantes de caminhoneiros com uma proposta de acordo para suspender a paralisação por 15 dias. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também confirmou que os protestos devem continuar em todo nos sete pontos de interdição no estado.
Os caminhoneiros que estão no km-23 da BR-316, em Benevides, disseram que não vão aceitar a proposta do governo e que querem uma redução de 25% a 30% no preço do diesel. Eles querem ainda que o preço seja fixado por pelo menos seis meses e não apenas 15 dias. Caminhoneiros em Altamira também confirmaram que vão continuar os bloqueios.
Os motoristas de aplicativos de celular também informaram que vão continuar os protestos, independente da permanência ou não dos caminhoneiros nas rodovias. O objetivo deles é sensibilizar o Governo para a redução do preço da gasolina, já que a proposta apresentada é apenas para o diesel. Cerca de 200 taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos de viagem interditam a entrada do porto Miramar, na rodovia Arthur Bernardes, no bairro de Val-de-Cans, em Belém, para impedir a entrada de combustíveis na cidade. Esse é o principal ponto de recebimento e abastecimento do Pará.
No início da noite desta quinta-feira (24) os motoristas de aplicativo disseram que continuariam o protesto por mais 24 horas. No fim da noite eles anunciaram que o objetivo agora é ficar pelo menos mais 48 horas. Em nota, a Uber disse a que entende que, como autônomos, os motoristas parceiros têm o direito de se manifestar, dentro do que a lei permite. “Neste momento, reforçamos nossos canais de atendimento para estar em contato permanente com os parceiros e usuários e prestar o suporte que for possível”, disse a empresa.