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Câncer no cérebro é risco para brasileiros

Pará teve 146 óbitos em 2020, Brasil poderá ter 11.100 tumores cerebrais até 2022

Foto: Divulgação
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O Dia do Cérebro, em 22 de julho, funciona como uma estratégia para profissionais de saúde alertarem a população sobre os cuidados preventivos às doenças neurológicas, sobretudo, os tumores cerebrais. Assim, é fundamental cuidar dessa região do corpo, até porque em 2020 o Pará registrou 146 óbitos por essas  doenças, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa). O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 11.100 novos casos de tumores cerebrais/sistema nervoso central (5.870 em homens e 5.230 em mulheres). O número de mortes é de 9.712, sendo 5.049 homens e 4.663 mulheres, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM, em 2019.

A Sespa informa que, em 2020, foram registrados 6.146 casos de tumores cerebrais no Estado. Deste total, foram 100 casos de neoplasia maligna dos nervos periféricos e do sistema nervoso autônomo (sendo 56 em homens e 44 em mulheres), 4.753 de casos de neoplasia maligna de encéfalo (sendo 2.479 em homens e 2.274 em mulheres) e 1.293 casos em neoplasia maligna da medula espinhal, dos nervos cranianos e de outras partes do sistema nervoso (sendo 696 em homens e 597 em mulheres). 
Já em 2021, informa a Sespa, segundo dados parciais, foram registrados 1.766 casos de tumores. Desde total, foram 27 casos de neoplasia maligna dos nervos periféricos e do sistema nervoso autônomo (sendo 11 em homens e 16 em mulheres), 1.344 de casos de neoplasia maligna de encéfalo (sendo 706 em homens e 638 em mulheres) e por fim 395 casos de em neoplasia maligna da medula espinhal, dos nervos cranianos e de outras partes do sistema nervoso (sendo 199 em homens e 196 em mulheres). “Por fim, a Sespa informa que foram registrados 146 óbitos pelas doenças em 2020 e que não há registros em 2021”, como repassado pela Secretaria.
Tabagismo
O médico oncologista Luís Eduardo Werneck, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), destaca que o Sistema Nervoso Central (SNC) tem como um de seus componentes o cérebro humano e também é protagonista de uma série de patologias e agravos que podem acometer seu funcionamento esperado no controle das funções vitais do organismo humano. Entre essas patologias estão os tumores cerebrais, benignos ou malignos, além de outras doenças que acometem especialmente o funcionamento do cérebro  a fisiologia do organismo. Os tumores mais frequentes afetos ao cérebro e ao SNC estão relacionados como os tumores gliais (Glioblastoma, Oligodendrioma, Astrocitoma) ou ainda os meningeomas. Estes grupos respondem por mais de 75% de todos os tumores cerebrais primários.
“Quanto ao fatores de risco conhecidos, sempre revelamos o hábito de fumar (tabagismo), porém ainda existem fatores pouco conhecidos, como a Sindrome de Li Fraumeni ou a Neurofibromatose”, observa Werneck. A cefaleia (dor de cabeça) é o primeiro fator relatado pela maioria dos pacientes, mas tumores que acometam áreas específicas do cérebro já podem começar com sintomas relacionados à visão, à audição, à fala e ao equilibrio, como acrescenta o médico.
O diagnóstico dos tumores cerebrais é pouco frequente, uma vez a incidência na população é baixa, apesar da gravidade e da morbimortalidade frequente. Geralmente, a procura do médico clínico é encorajada sempre, como exames simples (de consultório, como medica de força, exame neurológico clínico, exame de força muscular), ou ainda com exames de estadiamento do tumor (para saber em qual estágio se encontra a doenca, como Tomografias e Ressonancias Nucleares |Magneticas do Cérebro). 
Tratamento
“A expectativa de vida dos pacientes oncológicos portadores de tumores malignos geralmente não é tão alta, porém, com o advento de técnicas cirúrgicas mais precisas pelos neurologistas, o empenho das equipes de médicos radioterapeutas e as técnicas de vanguarda dos novos aparelhos de Radioterapia desempenham função primordial neste tratamento”, salienta o oncologista. O tratamento medicamentoso com foco exclusivo nas células doentes é outro avanço no tratamento das doenças.
Após o diagnóstico e a consecução do tratamento adequado, geralmente a taxa de cura pode variar entre 30 a 90%, como destaca Eduardo Werneck, pesquisador sobre o assunto pelo Hospital Oncológica do Brasil.

Fonte: O Liberal

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