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Casos de automedicação têm aumentado durante a pandemia; prática pode ser perigosa

Dentre os medicamentos mais consumidos sem prescrição no último ano, estão os antibióticos, anti-inflamatórios e antiparasitários. Saiba quais os riscos de tomar remédios sem prescrição médica.

Foto: Pexels por Pixabay
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Quem é que nunca sentiu uma dor de cabeça e tomou por conta própria um remédio? Essa prática comum é bastante perigosa. A farmacêutica Nádia Dias, que atua no Hospital de Campanha de Santarém (HCS), no oeste do Pará, alerta para o risco da automedicação.

O hábito de ingerir medicamentos sem prescrição médica tem preocupado os profissionais da saúde durante a pandemia, isso porque pode gerar diversos problemas como intoxicação e reação alérgica, além de mascarar os sintomas ou causar dependência.

“Todo medicamento deve ser utilizado na dose e posologia correta. A automedicação tem aumentado ainda mais nesse período pandêmico. Dentre os medicamentos mais consumidos sem prescrição no último ano, estão os antibióticos, anti-inflamatórios e antiparasitários”, diz a farmacêutica.

Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostra que as vendas da hidroxicloroquina, mais que dobraram, passando de 963 mil em 2019 para 2 milhões de unidades em 2020. O aumento foi ainda maior no caso da Ivermectina, atingindo 557,26%.

Nádia alerta para o uso de antibióticos sem prescrição médica, como por exemplo, a Azitromicina. “O uso indiscriminado aumenta a resistência das bactérias no organismo. No caso do antiparasitário ivermectina, quando ingerido em excesso pode gerar efeitos colaterais como intoxicação, doenças hepáticas, hepatite medicamentosa, diarreia, vômitos, tontura e risco de falência do fígado”, ressaltou.

O desconhecimento dos efeitos colaterais leva ao uso irracional, pois muitas vezes a prescrição médica e orientação do farmacêutico são substituídos pela indicação indevida feita por familiares ou vizinhos.

“É importante que as pessoas tenham o cuidado de não fazer uso de remédio sem a orientação do profissional, não tome medicamentos que o vizinho está tomando, pois apesar da semelhança nos sintomas os quadros de saúde podem ser diferentes e cada organismo reage de uma maneira”, pontuou Nádia.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2015, foram registrados 24.549 mil casos de intoxicações por agentes farmacológicos, sendo esta, a primeira causa dos envenenamentos no Brasil, o que representa 33,86% dos casos.

Fonte: G1 Santarém

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