O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi expulso do partido União Brasil nesta segunda-feira (8.dez.2025), após decisão da executiva nacional da legenda. A medida foi tomada em votação secreta, que somou 24 votos favoráveis à saída do político paraense, sob a justificativa de infidelidade partidária. O desligamento ocorre após Sabino desrespeitar a determinação da cúpula da sigla para que deixasse a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até setembro passado.
Sabino participou da reunião remotamente e se manifestou posteriormente pelas redes sociais. “Tenho a ficha limpa. Fui expulso do partido porque fiquei naquele que considero o melhor projeto para o Brasil”, declarou.
Ministro priorizou a COP 30 e aliança com Lula
A crise entre o ministro e o partido se intensificou em outubro. Embora tenha entregue uma carta de demissão a Lula inicialmente, Celso Sabino optou por permanecer na pasta visando o capital político da COP30, que será realizada em Belém em 2025. O desgaste resultou no seu afastamento das decisões administrativas do União Brasil e na destituição do comando do diretório no Pará.
O movimento de permanência no governo federal está atrelado às articulações para as eleições de 2026. O ministro planeja disputar uma vaga no Senado e conta com o apoio de Lula para fortalecer a candidatura, apesar da concorrência local. O governador Helder Barbalho (MDB) também projeta uma candidatura ao Senado, em chapa com o presidente da Assembleia Legislativa, Chicão (MDB).
Sabino mantém mandato e poderá buscar nova sigla
De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a expulsão pela direção partidária permite que Celso Sabino mantenha o mandato de deputado federal — do qual está licenciado — e fique livre para se filiar a outra legenda sem risco de perda do cargo por infidelidade.
O ministro já relatou a aliados ter recebido sondagens de outros partidos, mas aguardava o desfecho do processo no União Brasil. Sabino indicou que permanecerá no Ministério do Turismo até o prazo limite de desincompatibilização, em abril do próximo ano, para disputar o pleito.
Fonte: O Liberal

















