O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (6), o quarto balanço da coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022. Dados apontam que desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 5 de dezembro, 76,34% da população paraense foi recenseada, contabilizando 6,7 milhões de pessoas.
Entre os ouvidos, a maioria são mulheres (3.370.854), em quase 2 milhões de domicílios recenseados. Além disso, a pesquisa já contemplou 69.208 indígenas e 116.833 quilombolas.
Um total de 13.490 setores censitários do Pará já consta como trabalhados, o que corresponde a 92,70% do total no estado (14.552). O balanço também informa que 1.179.417 pessoas das já recenseadas no Pará são residentes em aglomerados subnormais (favelas, palafitas ou baixadas).
De acordo com o IBGE, a modalidade presencial de coleta segue como a principal opção dos que já responderam ao Censo 2022: 1.979.766 de questionários do Estado foram preenchidos presencialmente, quando o informante recebe o recenseador, fornecendo seus dados para preenchimento do questionário, em seu domicílio. Apenas 5.227 foram respondidos por telefone e 1.706 pela internet.
Até o dia 5, 1.771.167 dos questionários preenchidos foram do modelo básico, que consta 26 perguntas e 219.664 foram questionários da amostra, com 77.
Fim do Censo
A coleta do Censo 2022 deve finalizar até o final de janeiro de 2023. O coordenador técnico estadual do IBGE, Luiz Cláudio Martins, disse que este é o novo prazo para os municípios do Pará com mais de 170 mil habitantes. “Nossa meta é contemplar todas as cidades com menos de 170 mil até o final de dezembro, depois vamos concluir as outras seis com população acima”, explica.
Inicialmente, o prazo para término da pesquisa era de até o dia 31 de outubro. Porém, com impasses de falta de trabalhadores e problemas de logística, o trabalho nas ruas precisou ser adiado, justifica Luiz.
“Nosso principal problema é a falta de pessoal. Em um estado grande como o Pará, ainda temos regiões sem trabalhadores disponíveis para a cobertura completa, também pela dificuldade de chegar em certas localidades. Mas nós temos feito o que podemos para não prejudicar o Censo, como por exemplo, descolamento de uma equipe para outra, quando percebemos a necessidade”, diz o coordenador.
Ele pontua ainda que propagação de notícias falsas quanto às coletas domiciliares também têm sido um problema, causando recusas de moradores. “Apesar de baixo, ainda temos um índice significativo de recusa, principalmente em condomínios e em locais onde vivem pessoas com alto poder aquisitivo”, conta Luiz.
O percentual de recusas no país está em 2,59%. A região Norte está com 1,94% de percentual de recusas. O Pará também tem taxa de recusas de 1,94%.
Brasil
No mesmo período, cerca de 168 milhões de pessoas no Brasil já foram consultadas pelo Censo. Destes, 86,6 milhões são mulheres e 1,4 milhão indígenas.
A região Norte aparece como a de maior quantidade de indígenas: 705.437; seguida da região Nordeste com 462.376; Centro-oeste com 150.966; Sudeste com 101.236; e Sul com 68.988.
Quanto à população quilombola, 1.208.702 já foram contadas, sendo a região Nordeste a de maior quantidade em números absolutos, até o momento: 840.017. A região Sudeste já registra 164.627 quilombolas; No Norte do País, já são 142.088; a região Centro-Oeste aparece com 37.322; e, por fim, a região Sul, com 24.648 contados.
Fonte: O Liberal