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Centro de Perícias do PA é investigado pelo MPF por atrasar informações sobre o caso Hydro em Barcarena

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O diretor geral do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) pelo atraso em fornecer informações sobre os despejos da refinaria Hydro Alunorte, que contaminaram rios e igarapés com metais tóxicos em Barcarena, no nordeste do estado.

Segundo o MPF, o CPC recebeu imagens gravadas pelas câmeras da planta industrial da refinaria e deveria fazer uma perícia para ser enviada ao MPF. Ainda de acordo com o órgão, procuradores tentaram obter os dados coletados, mas não tiveram respostas.

No procedimento, o MPF cita que a documentação é “imprescindível para a continuidade das investigações” e que o atraso ou omissão de dados técnicos é crime pelo artigo 10 da lei de ação civil pública.

Segundo o MPF, o prazo a diretoria do CPC apresentar resposta é de até dez dias.

Entenda o caso

Nos dias 16 e 17 de fevereiro de 2018, resíduos de bauxita contaminada vazaram da Hydro Alunorte para o meio ambiente após fortes chuvas em Barcarena. Após uma vistoria com a presença da procuradoria do Ministério Público, foi identificado uma tubulação clandestina que saída da refinaria e despejava rejeitos que contaminaram o solo da floresta e rios das localidades próximas. Aindaforam encontradas outras duas tubulações ilegais que tinham a mesma finalidade.

A empresa recebeu sanções da Justiça que determinou a redução de sua produção em 50% até que sejam resolvidos os problemas das comunidades atingidas pela contaminação e sejam resolvidos os problemas para a captação dos rejeitos das bacias durante as fortes chuvas que caem regularmente na região, além de ter condenado a empresa a pagar R$ 150 milhões por danos ambientes.

O Instituto Evandro Chagas realizou coletas de solo e água nas comunidades que ficam ao redor da Hydro e após análise em laboratório foi constatado alteração nos elementos químicos presentes no solo, além da presença de metais pesados e cancerígenos como chumbo. A Hydro encomendou um estudo que refutou as análises do IEC e negou que houve contaminação

Fonte: G1 Pará .

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