Menu

CEPLAC estende prazo para solicitação de sementes de cacau no Pará e preço histórico impulsiona agricultores

Continua após a publicidade

A CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – estendeu o prazo para pequenos produtores rurais que desejam receber sementes híbridas de cacau para o plantio de novas áreas da lavoura aqui no estado do Pará. Os agricultores terão até o final deste mês para fazer o pedido. A expectativa da Ceplac é produzir este ano 14 milhões de sementes híbridas de cacau no campo experimental, localizado no município de Medicilândia. São materiais com genética de alta qualidade para o plantio das variedades de cacau mais produtivas e resistentes a pragas, por exemplo.

A distribuição dessas sementes de qualidade superior acontece todos os anos. A entrega na região deve começar em junho, e os agricultores interessados ainda podem fazer a solicitação para receber a doação das sementes em 20 municípios que fazem parte da região Transamazônica e oeste do Pará.

Para dar uma dimensão do interesse dos agricultores em plantar cacau, até o momento, o pedido feito em Altamira, Vitória do Xingu e Senador José Porfírio já chega a mais de 2 milhões de sementes. No ano passado, nessa mesma área, o pedido prévio chegou à marca de 1 milhão e 400 mil sementes híbridas.

“O produtor que tiver interesse pode procurar uma unidade da CEPLAC em seu município e fazer seu pedido diretamente na unidade. Nos municípios onde não houver uma unidade da CEPLAC, os produtores podem procurar a Secretaria de Agricultura, nosso parceiro, para registrar essa demanda, que eles repassarão para nós”, disse Paulo Henrique Fernandes, Coordenador da CEPLAC na região da Transamazônica.

Cada agricultor deverá receber 6.500 sementes. E quem tem áreas produtivas de cacau quer aproveitar a safra, que tem o pico previsto para julho e agosto, para faturar alto com o preço elevado da amêndoa, que recentemente atingiu a cotação histórica de 58 até 60 reais o quilo. Antes, um quilo de amêndoas secas era vendido por 12 a 18 reais. O preço mais alto tem despertado o interesse dos agricultores em ampliar as lavouras.

Segundo Paulo Henrique, da CEPLAC, essa boa fase do preço do cacau pode ser temporária, e essa elevação está relacionada com o déficit do produto na indústria e o aumento do consumo de chocolate em escala mundial. Como o cacau é cotado na Bolsa de Valores, o preço pode sofrer oscilações de acordo com a demanda no mercado externo. Além disso, houve uma quebra de produção na África, especificamente na Costa do Marfim e em Gana, que são os países considerados os maiores produtores mundiais do fruto. Uma das explicações para a valorização do produto brasileiro, e principalmente no Pará, que continua como o maior produtor nacional de amêndoas, com quase 150 mil toneladas por ano.

A Voz do Xingu

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido.