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Cesta básica fica 0,35% mais cara, aponta Dieese

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O preço da cesta básica dos belenenses manteve em janeiro o ritmo de alta e fechou o mês com o custo de R$ 415,56, segundo balanço divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Estado do Pará (Dieese/PA). A variação foi de 0,35% em relação ao preço alcançado no último mês de 2019: R$ 414,13. Pelo levantamento, a alta foi anotada, além de Belém, em mais dez das 17 capitais brasileiras pesquisadas. No geral, as maiores elevações mensais foram registradas em Aracaju (4,75%) e Salvador (4,43%), enquanto Florianópolis anotou a queda mais significativa: -4,41%.

Sobre as flutuações de preços da cesta no mês de janeiro, a pesquisa mostra que a maioria dos produtos pesquisados apresentaram aumentos de preços em Belém, com destaque para o tomate, com alta de 16,71%; do feijão, com elevação de 7,65%; do açúcar, com aumento de 3,24%; e do arroz, que ficou 1,50% mais caro. Por outro lado, registraram recuos de preços, a Carne Bovina, com queda de 6,24%, leite (-1,62%), a banana (-1,29%) e a manteiga (-1,24%).

Em 12 meses (entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020), o custo da alimentação básica dos belenenses apresentou alta de 8,00%, mais que o dobro da inflação estimada para o mesmo período: 3,5%. Neste período, os principais reajustes foram verificados no preço do feijão (37,12%), da carne bovina (33,77%), do óleo de soja (20,56%), da banana (5,53%), do açúcar (4,59%) e do arroz (4,25%). Já as principais quedas de preços nestes 12 meses foram o do tomate (-12,52%), do café (-8,83%) e do leite (-6,99%).

Conforme o levantamento, o custo da cesta básica para uma família padrão de Belém, composta de dois adultos e duas crianças, iniciou 2020 em R$ 1.246,68 – ou seja, aproximadamente 1,19 salários mínimos para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação. A pesquisa mostra também que, no mês passado, para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 43,47% do salário mínimo vigente até o último dia 31 (R$ 1.039,00) e teve que trabalhar 87 horas e 59 minutos das 220 horas previstas em Lei.

O estudo avalia ainda o valor do salário mínimo mensal necessário, com base no maior custo apurado para a cesta básica nacional e levando em consideração o preceito Constitucional, que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para alimentar o trabalhador e sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, educação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Nas contas da entidade, o salário mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais para uma família deveria ter sido no primeiro mês do ano de R$ 4.347,61 – cerca de 4,18 vezes maior que o salário atual.

No mês passado, das 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE, São Paulo foi quem apresentou o maior valor da alimentação básica com o custo de R$ 517,51; seguida do Rio de Janeiro com o custo de R$ 507,13 e de Porto Alegre com o custo de R$ 502,98. Também no mês passado, os menores valores médios da cesta foram observados em Aracaju com o custo de R$ 368,69, seguido de Salvador com o custo de R$ 376,49 e de João Pessoa com o custo de R$ 388,02. Belém ficou entre as doze capitais mais caras do país no que diz respeito ao custo da alimentação básica.

Fonte: O Liberal

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