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Com reajuste de bandeira tarifária, contas de energia devem ficar ainda mais caras em 2021

Foto: Divulgação
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Em audiência pública nesta terça (16), o diretor-geral da Aneel afirmou que o valor da bandeira vermelha deve aumentar mais de 20%

Diante da crise hídrica pela qual o Brasil passa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve fazer reajuste na bandeira tarifária ainda este ano. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da agência, André Pepitone, em audiência pública na comissão de Minas e Energia da Câmara nesta terça-feira (15).  

De acordo com Pepitone, as projeções apontam que o valor da tarifa cobrada na bandeira vermelha, a mais cara, deve aumentar mais de 20%, o que deve encarecer ainda mais as contas de energia. O último reajuste do sistema foi em 2019.  

Atualmente, a bandeira vermelha em patamar 2 acrescenta R$ 6,24 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos na fatura. Com o aumento, pode chegar a R$ 7,57. O reajuste deve ser divulgado nas próximas semanas.  

“O que acontece é que todo ano, após o período úmido, que se encerra em abril, a Aneel discute qual será o valor de cada patamar da bandeira. Neste ano, estamos diante da maior crise hídrica dos últimos 91 anos”, pontou o diretor. 

Essa tarifa extra vem sendo cobrada desde maio deste ano por conta dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas localizadas nas regiões Sul e Sudeste do país. Em junho, a Aneel acionou a taxa mais cara.  

ACIONAMENTO DAS TERMELÉTRICAS 

Com baixos recursos nas hidrelétricas, são acionadas as usinas termelétricas, encarecendo a produção de energia e, consequentemente, os valores que chegam ao consumidor final, conforme explicou Pepitone na audiência.  

A estimativa é de que o acionamento vá gerar um custo adicional de quase R$ 9 bilhões neste ano. Até abril, segundo Pepitone, já foram gastos R$ 4,3 bilhões.  

Com isso, o impacto nas tarifas deve ser de 5%, para desonerar, a cobrança extra acontece ainda em 2021, mas alguns reajustes vão ficar para 2022.  

Fonte: Diário do Nordeste

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