Os comandantes da Operação Verde Brasil, que formam a força-tarefa para combater as queimadas no Pará, afirmam que os focos de incêndios são em menor quantidade do que eles imaginam. Os comandantes sobrevoaram as regiões, onde os focos são mais intensos.
“Não vou duvidar, quem sou eu do Inpe . Mas, estamos há oito dias sobrevoando a área, com uma tropa espalhada em todo em todo o Pará e realmente, vejo um número bem menor do que o divulgado. Isso aqui é um fato”, assegurou o comandante do Exército na Operação Verde, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Segundo o general, “a coisa está relativamente serena. Têm queimadas, mas não é tanto quanto eu imaginava”, garantiu.
A força-tarefa que reúne Exército, Aeronáutica e Marinha, foi formada há uma semana por determinação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para controlar os focos de incêndio na Amazônia. Além das forças armadas, os brigadistas que estão atuando no combate às queimadas no sul e sudeste paraense, contam com homens da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Pará.
No total há 1,5 mil militares brigadistas atuando nas regiões de Itaituba, Altamira, Novo Progresso, onde os focos de incêndio são mais intensos. A operação instalou uma base militar em Novo Progresso e uma outra será instalada na região da Serra do Cachimbo, no limite do Pará com o Mato Grosso, para possibilitar mais efetividade nas operações militares.
Eles apresentaram os dados da Operação Verde Brasil aos cinco ministros, que se reuniram em Belém, nesta segunda-feira, 2, com o governador do Pará, Helder Barbalho e outros três governadores da região. À tarde, já na base áerea de Belém, os comandantes da Operação Verde receberam os ministros da Agricultura, Teresa Cristina, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; Ricardo Salles, Meio Ambiente; da Defesa, Jorge Oliveira e Secretaria Geral da Presidência, Fernando Azevedo. De lá, os ministros seguiram para o estado do Amazonas no avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Dados do Inpe apontam que as queimadas triplicaram em agosto em relação a 2018
Os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que os focos de incêndio em agosto chegaram a quase 40 mil, o quase o triplo do registrado em 2018. Porém, os comandantes da Operação Verde Brasil acreditam que as queimadas serão controladas em breve.
Eles consideram que a região sudoeste paraense é a área mais crítica, no trecho da BR-163 (às margens da rodovia Santarém-Cuiabá), onde os focos estão em maior quantidade, por ser área onde há uma grande corrida para plantio de grãos, como a soja e para formação de pasto para pecuária.
No entanto, eles sobrevoaram as áreas que estão com focos de incêndio e disseram que a quantidade de focos é bem menor do que estavam imaginando.
“A maioria dos satélites identificam uma onda de calor acima de 47 graus. Acontece que, quando o satélite marca esse ponto e nós vamos lá verificar, não se trata de um foco de incêndio. Mas sim de uma pedra que está com a temperatura elevada”, informou o Brigadeiro Ricardo Campos, da Aeronáutica.
Fonte: Portal Roma News
