Comerciantes de Vitória do Xingu, na região sudoeste do Pará, estão preocupados com a circulação de notas falsas no município. Somente na tarde desta segunda-feira, 15 de abril, três notas falsas de R$ 100,00 (cem reais) foram identificadas por uma funcionária da Casa Lotérica.
Alanessa Viana, proprietária da Casa Lotérica, foi quem recolheu as notas falsas. Ela afirmou em entrevista à TV Vitória que só não caiu no golpe porque utiliza uma caneta especial que auxilia na identificação da autenticidade das cédulas.
No ano passado, outros comerciantes da cidade também foram vítimas de golpistas, que geralmente usam estabelecimentos de grande movimentação de dinheiro para tentar passar as cédulas falsas.
De acordo com dados do Banco Central do Brasil, as notas mais falsificadas são as de R$ 100,00; depois vêm as de R$ 200,00, seguidas pelas de R$ 50,00 e R$ 20,00.
Um levantamento feito pelo Banco Central mostrou que em 2018, circularam no país 677 mil notas falsas. Após a adoção do pix, o Governo Federal conseguiu combater essa circulação com as transações financeiras digitais. Após a implantação do pix, o número de notas falsas recolhidas pelo banco caiu de 677 mil para 250 mil.
Se você desconfiar da autenticidade de uma nota após observar os elementos de segurança ou comparar com outra cédula legítima, você pode recusá-la. É importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central.
Para não cair em golpes como esse é sempre bom analisar alguns detalhes:
– o primeiro e mais conhecido deles é a “marca d’água“, que aparece contra a luz, com a imagem do animal da cédula e o valor.
– o segundo é o “fio de segurança”, que é um fio escuro visível quase no meio da nota
– o terceiro é o alto relevo no papel, que pode ser sentido pelo tato em algumas áreas da cédula, como na legenda República Federativa do Brasil na frente da nota e Banco Central do Brasil no verso.
– o quarto elemento é o valor da nota no chamado “quebra cabeça”, visível quando colocamos a nota contra a luz
– outro detalhe a observar: os “elementos fluorescentes”, que aparecem sob a luz ultravioleta,
Crime
A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção.
Por Wilson Soares e Thaís Portela (com informações do Banco Central do Brasil).