O projeto de construção da Ferrogrão, apresentado na terça-feira (28) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), aponta a possibilidade de geração de 13 mil postos de trabalho, durante a fase de obras. A ferrovia deve ligar Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, ao porto de Miritituba, no Pará.
O investimento de R$ 12,6 bilhões deverá reduzir em 30% o custo de escoamento da produção agropecuária do estado. O estudo, realizado e apresentado por seis empresas, foi aprovado pelo governo federal e a expectativa é que a ferrovia seja licitada ainda neste ano.
No mês passado, o prefeito de Sorriso, Ari Lafin (PSDB), declarou que o maior desafio dos municípios da região médio-norte é o escoamento da safra. Segundo ele, o projeto da Ferrogrão abrirá espaço para expansão da produção de soja e milho.
De acordo com o projeto apresentado, na primeira etapa a ferrovia vai ligar os municípios de Sinop, a 503 km da capital, e Miritituba, com uma extensão de extensão de 933 km.
Com a construção dos trilhos da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico) e prolongamento da Ferronorte, a Ferogrão deverá ser estendida até Lucas do Rio Verde, totalizando 1.180 km de extensão.
O projeto foi apresentado por Guilherme Quintella, presidente de uma das cinco empresas que participaram dos estudos de viabilidade. Segundo ele, o prazo de execução é dois anos para os licenciamentos e três anos para obras.
Ainda segundo ele, o projeto aprovado prevê capital 100% privado para a construção e concessão operacional da ferrovia por um período de 65 anos e a licitação será por meio de leilão público.
Segundo o estudo de viabilidade, se a ferrovia estivesse funcionando, o custo do frete seria de R$ 110 por tonelada, quase a metade valor pago no frete rodoviário.
De acordo com a deputada Janaina Riva (MDB), presidente em exercício na ALMT, além de reduzir os custos para escoamento da produção e com a manutenção das rodovias, as ferrovias proporcionam mais segurança nas estradas.
Fonte: G1 MT