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Criação de pescado em cativeiro tem potencial de crescimento

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Pará tem grande potencial para o crescimento da aquicultura pela existência de diferentes ecossistemas (águas doce, salobra e marinha); extensa área, que corresponde a 62% da água doce da Amazônia e clima favorável à biodiversidade das espécies, com temperatura elevada e estável. Somando-se à produção aquícola (peixes, camarão, ostra, mexilhão, etc), o beneficiamento e industrialização de pescado e o cultivo de peixes ornamentais são importantes oportunidades de negócios.

O bom exemplo vem da Piscicultura Vale do Pirarucu, em Tucumã, no Sul do Pará, que foi a primeira a produzir pirarucu em cativeiro na região. Hoje, a qualidade do trabalho deles, que veio também por meio de parceiros como o Sebrae, o qual forneceu treinamento e orientação ao negócio por oito anos, acabou atraindo apoiadores ainda maiores, como a Vale e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), responsável pela análise genética das suas matrizes produtivas.

“Estamos atuando na aquicultura há 15 anos. O pirarucu continua sendo o nosso carro-chefe, mas trabalhamos com outras espécies como o tambaqui e seus híbridos”, diz o proprietário Francesco Gonçalves, que deu início ao negócio tendo a esposa, Elisângela Saviczki, como sócia. Eles produzem o alevino – forma jovem do peixe – e comercializam com os produtores, que fazem a engorda.

Tudo começou a partir de uma reportagem na televisão que falava sobre a criação de pirarucu. O casal adquirimos os primeiros alevinos de Rondônia. “Tentamos a engorda, mas era um peixe de cativeiro desconhecido na época. Até então, comprava-se só da pesca, que são maiores, de 30/40 kg. Tivemos que levar para o Tocantins, onde já trabalhavam com eles e, até hoje, a demanda é maior para fora”, conta Francesco.

O Vale do Pirarucu produz entre 25 e 30 mil alevinos por ano, com possibilidade de vendas para o Brasil todo. Atualmente, eles fornecem para produtores do Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, entre outros. “A nossa meta é sempre o crescimento, produzir com mais qualidade, oferecer um produto com genética melhor. Infelizmente a piscicultura ainda não tem um grande destaque dentro do agronegócio, mas estamos buscando essa visibilidade, formando associações de esfera local e regional”, comenta.

Fonte: DOL

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