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Criadores de gado em área ilegal dificultam fiscalização em unidades de conservação no Pará

Agentes do ICMBio, Adepará e da Força Nacional seguem rastro de 100 mil bois criados ilegalmente na reserva biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, no sudoeste do Pará. Mas enfrentam obstáculos.

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Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e da Força Nacional estão seguindo o rastro de cerca de 100 mil bois criados ilegalmente na reserva biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, no sudoeste do Pará.

No caminho, os fiscais encontram pontes quebradas e incendiadas que querem dificultar a retirada do rebanho da unidade de conservação federal e atrapalhar as fiscalizações de combate ao desmatamento.

Os agentes também relatam que sofrem ameaças. “Essas ameaças acabam partindo dos próprios produtores de gado em áreas embargadas que tentam movimentar populares, empregados para tentar impedir a ação. A gente nunca consegue trabalhar tranquilo nessa área ambiental da região”, relata Apoena Figueirôa, agente de fiscalização do ICMBio.

A operação é resultado de mais de 500 embargos remotos, que usa imagens de satélite de alta resolução para identificar as áreas desmatadas.

Segundo o ICMBio, as áreas embargadas concentram metade do desmatamento registrado em unidades de conservação federal. O instituto afirma que o gado que sai da região é esquentado em fazendas legalizadas. A artimanha para falsificar a documentação faz parecer que a atividade é regular.

Além do embargo de áreas desmatadas irregularmente, especialistas dizem que também é preciso rastrear o rebanho para evitar fraudes e combater a criação, compra e venda ilegal de gado na Amazônia.

“O gado no Brasil hoje não é rastreado, por isso que está se discutindo ter um sistema de rastreabilidade do gado, em que cada animal é rastreado individualmente, sabendo assim onde ele está e pra onde ele foi. Isso permitiria a garantia se o animal tem origem de área desmatada ilegalmente para que ele não possa entrar no mercado. No lugar, teria que ser apreendido”, explica Tasso Azevedo, do MapBiomas.

Sobre a reserva

A Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo abrange os municípios de Altamira e Novo Progresso. Foi criada em 2005, com área de aproximadamente 345 mil hectares. Na região, há nascentes perenes, que formam os importantes rios das bacias do Xingu e do Tapajós.

Fonte: G1 Pará

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Comments 1

  1. Agnaldo Sandim de Melo says:

    Quando decretada a reserva ja havia produtores a mais de quinze anos

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