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Desvio na Transamazônica exige cuidados de condutores

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A semana começa no Oeste do Pará com condutores de veículos tendo de ter paciência e atenção para fazer um desvio de mais de 70 quilômetros em cerca de uma hora pela área do empreendimento da Hidrelétrica de Belo Monte, no Município de Vitória do Xingu, por causa do rompimento da pista da rodovia BR-230, a Transamazônica, no km-584, ocorrido na sexta-feira (2). O trecho da estrada foi atingido pela erosão, e pista cedeu, abrindo um buraco de grandes dimensões, o que impede o tráfego na área. Com isso, foi organizado um desvio do fluxo de carros, caminhões, ônibus e transporte alternativo, o que fez com que não houvesse impacto direto no abastecimento e atividades econômicas das cidades naquela região até este domingo (4), segundo informações no local. A maior parte do desvio é asfaltada, com 17 quilômetros de pavimentação com cascalho.

Ainda no sábado (3), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) divulgou nota oficial. No documento, foi exposto que “equipes de manutenção do DNIT já sinalizaram a via e estão mobilizadas, atuando emergencialmente para restabelecer o tráfego na rodovia, importante eixo de ligação entre os municípios de Altamira e Marabá, por meio de uma rota alternativa.

“Desta forma, orientamos os condutores que seja utilizado o acesso existente no km 27 até km 55 como rota alternativa para contornar o problema. Em tempo, informa-se que estão sendo elaborados os projetos de contenção de taludes para reconstrução do aterro, com previsão de início ainda dentro do mês de abril”, repassou o DNIT em Nota.

O desabamento do aterro da pista da Transamazônica no trecho entre Altamira/Belo Monte, no km 584, local conhecido como Ladeira da Cigana, perto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingu, no dia 2, foi provocado pelas chuvas fortes na região, característica do inverno amazônico, interditando completamente o tráfego de veículos na BR-230.

O Ministério Público Federal (MPF), ainda na sexta-feira (2), enviou ofícios ao Ministério da Infraestrutura e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), solicitando, de forma urgente, providências e informações sobre o deslizamento de terra. Nesse sentido, o procurador da República Gilberto Batista Naves Filho solicitou que em até cinco dias seja realizada análise técnica sobre as causas do desmoronamento em local a cerca de 44 quilômetros de Altamira, no sentido Marabá. O trecho, com fluxo diário intenso de veículos, é o principal acesso para cidades como Marabá, Tucuruí e também a capital paraense, Belém.

Foi também solicitado que nesse mesmo prazo o Ministério da Infraestrutura e o DNIT repassem informações sobre a extensão dos danos, sobre a previsão de recuperação do trecho danificado, e sobre a existência de rotas alternativas. O Ministério e o DNIT também deverão fornecer esclarecimentos sobre a responsabilidade pela conservação e manutenção da via. O MPF manifesta a necessidad de restabelecimento da trafegabilidade no local, em especial pelo risco de impacto no abastecimento de suprimentos do combate à pandemia da covid-19.

Técnicos do DNIT compareceram, ainda na sexta (2), ao local do desabamento para avaliar os danos na Transamazônica e definir um trabalho emergencial de recuperação.

Fonte: Portal Roma News

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