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Dia da água: Consumo consciente é fundamental durante a pandemia da covid-19

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A água é um recurso essencial para a manutenção da vida no mundo. Ela está envolvida, por exemplo, em diversas funções do organismo humano, além de outros animais e vegetais. Esta substância tão importante está amplamente distribuída no planeta, que tem cerca de 70% de sua superfície coberta por água, no entanto, apenas 3% dela é potável e a maior parte está localizada em reservatórios subterrâneos.

Em razão disso, medidas de proteção desse bem e ampliação da sua distribuição são fundamentais. Em tempos de pandemia, essas questões ficaram ainda mais evidentes, já que a água contribui para o controle da disseminação do coronavírus e para a promoção da saúde das populações.

A água é um recurso essencial para a manutenção da vida no mundo. Ela está envolvida, por exemplo, em diversas funções do organismo humano, além de outros animais e vegetais. Esta substância tão importante está amplamente distribuída no planeta, que tem cerca de 70% de sua superfície coberta por água, no entanto, apenas 3% dela é potável e a maior parte está localizada em reservatórios subterrâneos.

Em razão disso, medidas de proteção desse bem e ampliação da sua distribuição são fundamentais. Em tempos de pandemia, essas questões ficaram ainda mais evidentes, já que a água contribui para o controle da disseminação do coronavírus e para a promoção da saúde das populações.

“Atualmente é bem conhecido que uma das principais formas de evitar a transmissão desse vírus está diretamente relacionada com a frequente higienização das mãos, pois atos comuns como, por exemplo, levar as mãos ao rosto são identificados como possível rota de exposição ao coronavírus, que, como outros vírus respiratórios, pode adentrar ao organismo pelas mucosas. A higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel desnatura as células desse vírus, eliminando-o, e ajuda a quebrar a cadeia de transmissão”, explica Marcelo Lima, pesquisador em saúde pública da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas (IEC).

A doutora em Medicina e médica infectologista, Tânia Chaves, acrescenta ainda que a água desempenha outros papéis importantes para a saúde humana.

“Os benefícios da água para o ser humano são inúmeros. Cerca de 60% do corpo é formado de água. A água corporal é fundamental para ajudar a dissolver substâncias e transportar oxigênio e também regular a temperatura corporal. Além disso, a água pode constituir em pequenas quantidades como ingrediente das vacinas, assim como o soro fisiológico”.

Outro aspecto importante em que a água está envolvida é na oferta de serviços de saneamento e consequente promoção da saúde. Uma nota técnica de agosto de 2020 assinada pelo Unicef, Banco Mundial e Instituto Internacional da Água de Estocolmo (SIWI, na sigla em inglês) destaca a relação entre os dois temas e as grandes carências enfrentadas pelo Brasil.

SANEAMENTO

O documento aponta, por exemplo, que 15 milhões de brasileiros em áreas urbanas não têm acesso à água gerenciada de forma segura. Em áreas rurais, apenas cerca de 25 milhões possuem acesso a um nível básico desses serviços. Outro dado indica que mais de 100 milhões de pessoas não possuem acesso ao esgotamento sanitário seguro, sendo grande parte nas regiões Norte e Nordeste.

“Isso contribui, atualmente, para exposição da população a inúmeros tipos de contaminantes químicos ou microorganismos que interferem de forma decisiva na saúde e na qualidade de vida das pessoas. Desta forma, cuidados básicos no momento do manuseio da água usada para consumo humano ou animal são fundamentais para se evitar agravos e, algumas vezes, até a morte”, afirma o pesquisador Marcelo Lima.

De acordo com a doutora Tânia Chaves, algumas doenças que podem ser transmitidas através da água contaminada e preveníveis com acesso a bons serviços de água e esgoto incluem: hepatite A, poliomielite, febre tifóide, doenças diarreicas, parasitoses intestinais, entre outras.

Diante disso, a compreensão sobre o papel e a importância da água vem se ampliando até alcançar uma dimensão humanitária. Não à toa, em 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito à água como um direito humano e, com isso, busca mobilizar Estados para promoverem ações que ampliem a disponibilidade, a qualidade e o acesso a esse recurso, especialmente para indivíduos e comunidades em situação de vulnerabilidade.

 

Amazônia: a maior reserva hídrica do Mundo

O Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga) tem uma quantidade de água que daria para abastecer o planeta por mais de 500 anos

O adjetivo “maior” que indica superioridade em termos de duração, grandeza, tamanho, intensidade, número, importância é comumente associado à Amazônia. O atributo relacionado à floresta tropical, à biodiversidade ou à reserva mineral já é reconhecido, mas nos últimos anos a região desponta também como detentora da maior reserva hídrica do mundo.

A razão disso é o Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga), uma reserva subterrânea de água que se estende por 1,3 milhão de km², comportando as bacias hidrográficas do Marajó, Amazonas, Solimões e Acre com capacidade de armazenamento estimada em 192 mil km³ (quilômetros cúbicos) de água. Para se ter noção da dimensão dessa reserva, basta saber que um quilômetro cúbico equivale a um trilhão de litros.

Comparado ao Sistema Aquífero Guarani, também localizado no Brasil, a capacidade do Saga fica ainda mais evidente. Enquanto o Guarani ocupa uma área de 1,2 milhão de km² e comporta cerca de 48 mil km³ ou seja, o reservatório de água da Amazônia tem quase a mesma área, mas possui um volume de água quatro vezes maior. “Essa quantidade daria para abastecer todo o planeta por mais de 500 anos. É o maior depósito de água doce do mundo”, exemplifica o professor da Universidade Federal do Pará e doutor em Geologia e Geoquímica, Milton Matta.

O pesquisador e outros cientistas integram um esforço recente para compreender melhor o sistema. Apesar da formação do Saga corresponder ao cretáceo, que compreende o período entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás, somente a partir deste século os estudos sobre ele tem avançado, com as primeiras informações públicas divulgadas a partir de 2013.

As projeções são preliminares e animadoras, mas novos estudos precisam ser realizados. Para Matta, os dados indicam que esse recurso pode contribuir para atender às diversas demandas por água, mas para isso é preciso criar estratégias de uso e proteção. “A gente tem que estabelecer um modelo de exploração para que o aquífero represente um setor de abastecimento de água para a Amazônia e para o agronegócio também”, afirma.

CARÊNCIA DE INVESTIMENTOS

De acordo com o pesquisador, um dos desafios para isso é a carência de investimentos em pesquisa científica na região. “O Aquífero Guarani teve milhões de reais e de dólares para sua exploração porque ele está lá no ‘sul maravilha’. Ele passa por alguns países, mas a maior parte dele está no Brasil; enquanto o Saga é genuinamente brasileiro”, critica o professor, que acredita na importância de divulgar e mobilizar a sociedade em torno do tema.

“O grande desafio é esse: é você conseguir mostrar para a comunidade científica e para a comunidade social e política do país a importância de explorar com precisão e com cunho político, social e científico, principalmente, as águas do Saga”, declara Milton Matta.

Ainda assim, o professor esclarece que as reservas hídricas subterrâneas da Amazônia já prestam importantes serviços ambientais que beneficiam o ecossistema local e as demais regiões. Além disso, ele lembra que a tese de doutorado do professor André Montenegro sobre o balanço hídrico da Amazônia revelou um valor estratégico dessas águas para a economia brasileira, já que há um excedente de água que precipita e contribui, por exemplo, para o desenvolvimento das lavouras do agronegócio. “Você tem uma quantidade muito grande de bens importantes na Amazônia, que servem para mostrar que a região realmente pode ser considerada o celeiro do mundo e ser importante para toda a humanidade”, concluiu.

Sistema Aquífero Grande Amazônia – Gigante por natureza
Área Acre: 150 mil Km²
Área Solimões: 600 mil Km²
Área Amazonas: 500 mil Km²
Área Marajó: 55 mil Km²
Área total: 1.305.000 Km²
Reservas em Km³: 192.000
Potencial para abastecer o mundo inteiro com água potável por 500 anos.

Alcoa fortalece conservação da fauna de Juruti com o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres 

O CRAS faz parte da estrutura de operação da mina de bauxita da empresa e garante cuidados especializados a animais de pequeno, médio e grande portes

Prestes a completar um ano, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres integra um moderno sistema de gestão e conservação da flora e fauna na área de operação da Alcoa em Juruti, na região Oeste do Pará. O CRAS é unidade especializada para o atendimento e recuperação de animais de pequeno, médio e grande porte.

A unidade realiza atendimentos de pequena e média complexidade, a partir de uma estrutura completa que conta com centro cirúrgico e área para tratamento neonatal. Atualmente, o Centro de Reabilitação atende até 12 animais de quatro grupos faunísticos: mamíferos, répteis, aves e anfíbios. Para realizar melhor atendimento, a estrutura dispõe ainda de ambulatório, farmácia, salas de antissepsia, necropsia e nutrição e uma creche aos filhotes que necessitem de tratamento específico, o que garante maior eficiência ao tratamento realizado.

A equipe é composta por cinco médicos veterinários e quatro auxiliares. “Esse é um dos diferenciais deste Centro de Reabilitação. Temos uma equipe completa a postos para atender a qualquer momento. Esta unidade reforça o compromisso da Alcoa em zelar pela vida e pela integridade da flora e da fauna presentes no entorno de nossas operações”, destaca a engenheira florestal Susiele Tavares.
O CRAS integra uma estratégia ampla da empresa pela conservação da fauna local, envolvendo todos os colaboradores e a comunidade. Além de realizar campanhas de educação ambiental nas comunidades, a empresa reconhece os trabalhadores que salvam animais que aparecem nas áreas operacionais, ferrovia e rodovia.

O programa de conservação da flora e fauna da Alcoa inclui, ainda, o monitoramento contínuo de animais, entre eles algumas espécies que são bioindicadoras e que demonstram aspectos da conservação e dos serviços ecológicos do ecossistema na área de influência direta da mineração. O mesmo tipo de acompanhamento é realizado para a flora, incluindo o monitoramento de espécies ameaçadas de extinção.

Unidades de Conservação

Assim como cuida da fauna e flora nas operações, a Alcoa apoia e vem impulsionando iniciativas de conservação em toda a região de Juruti. Com o apoio da Alcoa Foundation, o município já conta com duas unidades de conservação: a Área de Proteção Ambiental (APA) Jará, que conserva o principal manancial na área urbana de Juruti, e a Reserva Extrativista de Vida Silvestre (Revis) Lago Mole, região considerada berçário da fauna e da flora do município e arredores. As unidades têm a função de conservar a natureza e seus serviços ambientais, e também asseguram às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais.

Fonte: O Liberal

 

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