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Direção dos Correios protocola dissídio coletivo no TST, que decidirá se a greve dos servidores é legal

Foto: Divulgação
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A direção dos Correios protocolou nesta terça-feira, 25, dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), alegando que os servidores não aceitaram negociação para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021, e que foi decretada paralisação parcial da atividade em todo o Brasil.

“Desde o início de julho, os Correios tentaram negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do ACT. Dando continuidade às ações de fortalecimento de suas finanças e consequente preservação de sua sustentabilidade, a empresa apresentou uma proposta que visa a adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal”,afirma a nota pública da instituição.

A greve dos Correios foi deflagrada dia 18, em todo o país. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect).  De acordo com a entidade, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.

A Fentect também acusa que desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios sobre a pauta de reivindicação dos servidores, mas não conseguiram. Alegam que, em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.

Servidores acusam direção de não negociar a pauta do acordo coletivo

“Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras” afirma o texto publicado no site da Fentect.

Porém, a direção dos Correios ressalta que os salários de todos os empregados seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo, ao benefício Auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador.

“Estão mantidos aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais”, assegura a direção dos Correios.

A paralisação parcial da maior companhia de logística do Brasil, em meio à pandemia da covid-19, traz prejuízos financeiros não só aos Correios, mas a inúmeros empreendedores brasileiros, além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade, segundo informam os Correios.

Apesar dos empregados da instituição afirmarem o contrário, a direção dos Correios afirma que tem preservado “empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT para os empregados”.

E diz ainda na nota pública, que “a empresa aguarda o retorno dos trabalhadores que aderiram ao movimento paredista o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, já que agora toda a questão terá seu desfecho na justiça”.

Caberá à Justiça do Trabalho decidir quem apresenta os dados reais e quem tem razão nessa guerra de informações dos servidores e diretoria.

Fonte: Portal Roma News

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