Professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) iniciaram uma greve nesta segunda-feira (6), após o anúncio de bloqueio de verbas na instituição pelo governo federal.
As manifestações são organizadas pela Associação de Docentes (Adufpa), definidas em assembleia no dia 23 de maio, quando foi definido calendário de reuniões entre a categoria e atos na instituição.
Nesta segunda, o ato estava marcado às 7h30, nos portões 2 e 3 do campus Guamá, em Belém. Os campi de Altamira, Castanhal, Cametá e Bragança também aderiram ao movimento de greve.
O bloqueio anunciado pelo governo federal é de 14,5% no orçamento discricionário do Ministério da Educação (MEC) e unidades vinculadas, representando cerca de R$1 bilhão a menos para as universidades federais.
No caso da UFPA, a instituição afirma que corre o risco de ter que parar as atividades, com R$28 milhões a menos no orçamento. O reitor, Emmanuel Tourinho, afirma que o bloqueio é um “duro golpe contra a educação e a ciência”.
Reivindicações
A Adufpa informou que a greve reivindica:
- a recomposição salarial de 19,99%;
- a revogação da Emenda Constitucional 95/16, que impõe o Teto dos Gastos;
- e o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, da contrarreforma Administrativa e da PEC 206/2019, que prevê a cobrança de mensalidade nas universidades públicas federais.
Na quinta-feira (2), docentes, técnicos administrativos e estudantes realizaram uma plenária unificada, a fim de mobilizar a comunidade em torno dos motivos e objetivos da greve.
Um dos encaminhamentos definidos foi a ocupação dos campi, na capital e no interior, para tentar dialogar com a comunidade acadêmica sobre a pauta de reivindicações. E, ainda, sobre os cortes orçamentários que atingem a educação pública.
Fonte: G1 Pará