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Dois homens mortos, um ferido e outos três são presos pela PM acusados de pirataria no Marajó

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A operação “Impacto nos Rios” foi deflagrada na última sexta-feira, 03, pelo Comando de Policiamento Regional (CPR XI) do Marajó Oriental com objetivo de combater a pirataria nos rios Guajará, Anuerá, Urubuquará e Boca Pequena, além de comunidades ribeirinhas da cidade de Cachoeira do Arari. Os militares Os militares cumpriram mandados de prisão, apreenderam armas e carne de capivara, recuperaram objetos roubados, mataram dois foragidos e feriram outro durante um tiroteio ontem à noite.

O gestor do CPR XI, coronel Josimar Leão, explicou que a “intervenção policial com morte” ocorreu no Rio Anuerá numa ação em que ele mesmo esteve presente.

Após informações de um relatório de inteligência confeccionado pelo Núcleo de Análise Criminal do CPR XI, pelo menos dez policiais ocuparam duas lanchas e saíram em operação em busca de Wanderlei Benedito dos Santos Vilhena, o “Vá Belém”, de Robson Vilhena dos Santos e de Rafael Vilhena dos Santos.

Ao chegarem no Rio Anuerá os policiais teriam sido recebidos a tiros e reagido acertando os três, que ainda tentaram fugir para a outra margem, mas foram capturados.

Segundo o coronel Josimar Leão, o trio chegou a ser socorrido e levado até o hospital em Salvaterra, mas Vá Belém e Rafael não resistiram aos ferimentos e morreram. Robson permanece internado.

Os militares apreenderam duas armas de fogo calibre 12, uma calibre 20, um simulacro de pistola, além de três munições calibre 38, duas calibre 12 e uma calibre 20.

“É importante ressaltar que na última quarta feira, na mesma localidade, os mesmos indivíduos, também receberam as guarnições com disparos de arma de fogo, fato este registrado em BO N°00130/2023.100121-0 na delegacia de Cachoeira do Arari”, enfatizou o coronel Josimar.

Objetos recuperados com o bando

Pouco antes do confronto, os policiais conseguiram chegar até a casa de Vá Belém, que fugiu junto com Robson para dentro da mata.

Ana Maria Moraes Vilhena, que é esposa de Vá Belém e mãe de Robson, permaneceu no local e foi presa pelos policiais. Ela é acusada de integrar o bando e de ter a função de guardar os objetos dos roubos.

Na casa os militares encontraram munições, quatro aparelhos de telefone celular, uma motossera, dois motores rabetas e um bote de epsca avaliado em R$ 50 mil.

Antecedentes criminais

O trio já era conhecido dos policiais pelos crimes de pirataria na região e chegaram a ser indiciados por roubo majorado. Vá Belém e Robson já tinham mandados de prisão em aberto e Rafael tinha passagens pela polícia.

Um dos crimes atribuídos aos suspeitos foi cometido em 2015, quando, junto com outro criminoso não revelado, tentaram cometer um latrocínio contra Laurentino Santos dos Santos, no Rio Paraíso, em Cachoeira do Arari.

À época, os acusados chegaram a trocar tiros com Laurentino, que estava armado e que conseguiu acertar Rafael. O criminoso foi socorrido pelos comparsas e encaminhado até o Hospital Metropolitano de Ananindeua, onde recebeu atendimento e se recuperou.

Operação Impacto nos Rios

O relatório de inteligência do CPR XI resultou em outras ações da Polícia Militar. Na Vila Guarajá, os militares apreenderam cinco armas de fogo e munições que estavam com Pedro dos Santos Damasceno, criminoso que tinha mandado de prisão em aberto e que é acusado de fazer a “segurança” dos produtos roubados por piratas e por guardar as armas. Ao avistar a chegada dos militares, o suspeito fugiu, deixando o arsenal para trás.

Ainda na Vila Guajará, João Batista Lopes foi preso com uma espingarda calibre 12, que a polícia acredita ser utilizada pelos piratas para cometer os roubos nas embarcações. Na casa do suspeito foram encontradas diversas munições para a arma.

Também na Vila Guajará, a PM prendeu Jonas Maués Martins, conhecido como Jhon Jhon. Ele tinha uma mandado de prisão em aberto por causa de pirataria cometido em 2017.

Segundo a polícia, Jhon Jhon é especializado em alterar as características das embarcações roubadas. Inclusive, em frente à sua casa estava atracado um barco roubado em Abaetetuba.

Os policiais também encontraram maconha e sementes da erva na casa do acusado, que também deve responder por tráfico de drogas.

Entre os objetos apreendidos na casa de Jhon Jhon estão ferramentas para lixar, furar, cortar e aplainar embarcações, dois motores rabetas e o barco supostamente roubado avaliado em R$ 50 mil.

Crime ambiental

Na Vila Carcará a PM apreendeu 260 quilos de carne de capivara num barco de Abaetetuba que era conduzido por Aldamor Ribeiro Quaresma. O homem foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil de Cachoeira do Arari junto com a carne de caça ilegal e deve responder por crimes contra o meio ambiente.

Com informações do Notícia Marajó

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