A Polícia Civil prendeu dois homens suspeitos de cometer feminicídio contra Camila Araújo da Silva, de 28 anos, na cidade de Gurupá, no Marajó. O corpo da vítima foi encontrado por populares na manhã desta quarta-feira (1º de outubro), em uma cova rasa localizada em um lixão às margens da Rodovia Gurupá–Pucuri.
Vítima – Camila Araújo
De acordo com as investigações, Camila foi morta pelo ex-companheiro, identificado como Júnior Castelo, que contou com a ajuda do primo, Anderson Castelo, para ocultar o cadáver. Os dois cavaram a cova e enterraram a vítima no local.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Gurupá, vinculada à Diretoria de Polícia do Interior (DPI), com apoio da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e da Delegacia de Enfrentamento ao Feminicídio (DEFEM), ambas de Belém.
Entenda o caso
Na tarde de terça-feira (30/9), uma mulher registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Gurupá relatando o desaparecimento da prima, vista pela última vez na noite de segunda-feira (29/9). As diligências policiais começaram imediatamente.
“O principal suspeito, ex-companheiro da vítima, foi preso em flagrante ainda na terça-feira. Ele não aceitava o fim do relacionamento e contou com a ajuda do primo, preso na quarta-feira, para ocultar o cadáver”, explicou o delegado Hennison Jacob, titular da DPI.
Durante as buscas, câmeras de monitoramento flagraram um jovem utilizando a bicicleta da vítima. Ele foi localizado, encaminhado à delegacia e acabou confessando ter ajudado o primo a transportar e enterrar o corpo. Apesar disso, o principal suspeito segue negando o crime.
Para evitar tumulto e represálias da população, o autor do homicídio foi transferido para o município de Breves, onde permanecem as investigações e oitivas de testemunhas.
Perícia
Uma equipe da Polícia Científica do Pará (PCEPA) foi enviada de Belém para realizar a perícia no local. Segundo os peritos, Camila foi morta por estrangulamento. O veículo usado para transportar o corpo também passou por análise técnica.
“Nós da DEAM e da DEFEM de Belém auxiliamos na elaboração de um relatório minucioso com imagens e provas que fortalecem o inquérito. Ambos os envolvidos estão presos em flagrante por feminicídio e ocultação de cadáver, e seguem à disposição da Justiça”, destacou a delegada Bruna Paolucci, titular da DEAM de Belém.
Equipes da Superintendência Regional das Ilhas do Marajó e papiloscopistas da Diretoria de Identificação Enéas Martins (DIDEM) também atuaram nas diligências.
