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Dos 25 casos de PMs mortos no Pará em 2018, 19 já foram solucionados, diz delegado

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Do total de 25 policiais militares mortos no Pará em 2018, 19 já tiveram os casos elucidados pela Divisão de Homicídios (DH), seja com a prisão dos envolvidos ou com a identificação dos acusados. A informação é do diretor do órgão, André Costa, em entrevista concedida  nesta terça-feira (22). Ainda de acordo com o delegado, a maioria das execuções se deu por latrocínio, que é roubo seguido de morte.

“Do total de 25 policiais mortos, 19 casos já foram elucidados. O objeto principal buscado pelos criminosos era a arma de fogo. Nós estamos trabalhando nos demais casos para a identificação de autoria, a participação dos acusados no crime e, em parceria com a Polícia Militar, a emissão de mandados cautelares”, afirmou o diretor. Ele complementa e afirmou que muitas ordens para matar são de dentro de presídios.

Ainda segundo o delegado, apenas o caso dos PMs baleados no bairro do Sideral em um campo de futebol, do sargento Franco, desaparecido desde o mês passado, e os homicídios mais recentes ainda não foram solucionados. A Polícia e o Ministério Público investigam o envolvimento das vítimas com as milícias. “Nós temos uma delegacia específica para trabalhar a investigação de morte de agentes públicos, em especial, os policiais militares”, comentou.

Em relação ao caso do sargento desaparecido, o delegado afirmou que a polícia já trabalha com a hipótese de morte do policial. “Nós estamos empreendendo diligências contínuas, mas infelizmente ainda não encontramos o PM. Ainda não temos a informação de que ele tenha sido morto. Mas, em razão as circunstâncias analisadas, nós já estamos trabalhando com a hipótese de encontrá-lo morto”, declarou.

Apenas em 2018, 1.360 mortes foram registradas no Pará. Em média, 11 pessoas foram assassinadas todos os dias no estado de janeiro até abril. Os dados, obtidos por meio da lei de acesso à informação, são do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo André Costa, esses números não são compatíveis com as estatísticas da Divisão de Homicídios. “Nós não trabalhamos com os números de outros municípios. Existem várias nuances que não chegam para a Divisão de Homicídios”, afirmou o delegado, que complementou comentando sobre a atuação da DH.

“Procuramos investigar os casos o mais rápido possível. Buscamos a autoria e tentamos descobrir a circunstância do crime. A gente busca entender o contexto do crime. Trabalhamos na estrutura do crime. Entendemos a razão das mortes, se é um crime isolado, briga de facções ou tráfico de drogas. Isso ajuda o nosso trabalho para que essa estrutura não se consolide na região”, declarou.

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