Indígenas interditaram parcialmente a rodovia Transamazônica, em Altamira, no sudoeste do Pará, na manhã de quarta-feira (24). Os manifestantes, das etnias Curuai e Xipaya, reivindicaram o cumprimento de acordos com a empresa responsável pelo consórcio de Belo Monte, como a construção de unidades básicas de saúde.
Eles também cobram reunião com representantes do Governo Federal para tratar sobre regularização fundiária.
Mas, o que chamou bastante atenção, e viralizou nas redes sociais, foi a presença de Lorena Aranha, estudante de medicina e filha de índios do povo Kuruaya (pela parte materna). A estudante, liderança dos movimentos de protesto, roubou a cena por conta de sua aparência. A cor de sua pele (branca) e seus traços físicos, além da forma como estava vestida (vestido justo e cocar na cabeça), fizeram com que algumas pessoas questionassem se Lorena era realmente uma índia.
Para a imprensa, Lorena contou que os assédios começaram logo que chegou ao local da manifestação. Segunda ela, comentários racistas e machistas foram feitos por pessoas que passavam pelo trecho.
Lorena conta que recebeu autorização da avó, e desde os 18 anos de idade está à frente das lutas pelos direitos da comunidade indígena Kuruaya.
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, e Lorena também foi alvo de ataques na internet. Muitas pessoas questionavam o sangue indígena da manifestante, e alguns internautas chegaram a chamá-la de “índia de iphone” e “patricinha metida a índia”.
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